Não restem dúvidas que Alves dos Reis (acima) só adquiriu aquela sua fama de burlão porque em 1925 ainda não havia televisão popular. Houvesse já então aqueles prestigiados canais de informação em Portugal, como RTP-N, a SIC-Notícias ou a TVI24, e Alves dos Reis teria tido oportunidade de contactar directamente, de olhos nos olhos, com a opinião pública, para que ele pudesse explicar as suas razões.
Para acirrar a concorrência entre órgãos de comunicação rivais, seria previsivelmente num daqueles canais, e com a maior publicidade possível, que ele teria tido oportunidade de responder com toda a serenidade às acusações da reportagem que O Século publicou a 5 de Dezembro de 1925, onde se explicavam os mecanismos da burla. E de clamar, chorando talvez como Carlos Cruz, quanto estava inocente…
Tudo o que fizera, diria então Alves dos Reis, fizera-o para o desenvolvimento económico de Angola, perante um João Adelino Faria que, com a sua complacência habitual (em 1925, Ana Lourenço seria doméstica…), se esqueceria de lhe perguntar quem o mandatara para tão nobre tarefa, que o fizera requisitar daquela forma tão pouco canónica numerário num valor que era o equivalente a 1% do PIB português da época…
Para acirrar a concorrência entre órgãos de comunicação rivais, seria previsivelmente num daqueles canais, e com a maior publicidade possível, que ele teria tido oportunidade de responder com toda a serenidade às acusações da reportagem que O Século publicou a 5 de Dezembro de 1925, onde se explicavam os mecanismos da burla. E de clamar, chorando talvez como Carlos Cruz, quanto estava inocente…
Tudo o que fizera, diria então Alves dos Reis, fizera-o para o desenvolvimento económico de Angola, perante um João Adelino Faria que, com a sua complacência habitual (em 1925, Ana Lourenço seria doméstica…), se esqueceria de lhe perguntar quem o mandatara para tão nobre tarefa, que o fizera requisitar daquela forma tão pouco canónica numerário num valor que era o equivalente a 1% do PIB português da época…
As televisões populares da actualidade, mesmo quando se tratam de canais noticiosos, parecem não precisar de ter moral, apenas momentos de sucesso, aqueles em que conquistam grandes audiências. E os escroques, independentemente do que digam, sempre deram grandes audiências. É por isso irónico que o melhor sketch televisivo que conheço sobre este tema tenha passado num programa da SIC com fracas audiências…
Pior do que acontece neste poste com Alves dos Reis, Hermann José escolheu uma personagem histórica absolutamente repreensível – Adolf Hitler – como se ela se dispusesse a responder a uma dessas entrevistas inócuas de TV. Pode ser visto no vídeo abaixo, demonstrando através de um absurdo carregado, como até Hitler pode passar por um gajo decente. O meu momento favorito desta peça genial é aquele em que o entrevistador atira, como uma provocação, a palavra Auschwitz e Hitler responde: - Santinho!...
Pior do que acontece neste poste com Alves dos Reis, Hermann José escolheu uma personagem histórica absolutamente repreensível – Adolf Hitler – como se ela se dispusesse a responder a uma dessas entrevistas inócuas de TV. Pode ser visto no vídeo abaixo, demonstrando através de um absurdo carregado, como até Hitler pode passar por um gajo decente. O meu momento favorito desta peça genial é aquele em que o entrevistador atira, como uma provocação, a palavra Auschwitz e Hitler responde: - Santinho!...
isto não são mais que respostas numa Comissão de Inquerito.
ResponderEliminarparece aquela que foi criada por causa de um banco ou o catano!
é muito bom, nunca tinha visto. vou roubar e concordo consigo sobre o melhor momento
ResponderEliminarOh Ana Cristina, a respeito de um poste que está repleto de fotografias de figuras como Vale e Azevedo, Valentim Loureiro ou Isaltino de Morais, que é que eu lhe posso dizer?!...
ResponderEliminarOlhe, roube, roube à vontade...