25 de Agosto de 1988. Há 29 anos ardia uma parte da baixa lisboeta. O vídeo é apenas uma parcela de pouco mais de 5 minutos da cobertura televisiva então realizada pela RTP, que era então a única televisão. Atente-se à intervenção de Mário Crespo, especialmente à sua segunda parte, veja-se como não seria precisa a concorrência de outras televisões (ainda inexistentes) para fazer o repórter querer provocar polémicas e respostas indignadas da parte de quem ele está entrevistar. Uma das indignações que se ouve a ser induzida por Mário Crespo (aos 4:15 do vídeo acima), mas com relativo insucesso, é o da decoração central da Rua do Carmo com os seus elementos arquitectónicos que dificultariam o acesso das viaturas de bombeiros no combate às chamas (na fotografia abaixo à esquerda). Na configuração que a Rua recebeu depois da reconstrução (à direita), quiçá por causa disso, todos esses elementos foram radicalmente removidos. A Rua do Carmo foi desprovida de obstáculos, está perfeitamente preparada para uma emergência de incêndio, mas também se tornou agora, ironicamente e 29 anos passados, num alvo mais do que evidente para um ataque terrorista copiando o método daqueles que tiveram lugar em Nice ou, mais recentemente, em Barcelona. E quase que aposto que o Mário Crespo também está muito indignado por causa disso...
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