Depois dos seus momentos de fama, quando fotografada ajoelhada em cima de um sofá na sala oval da Casa Branca, houve quem pensasse que Kellyanne Conway havia sido descartada e tivesse passado para um discreto estatuto de reserva que poupasse a própria e a administração de que faz parte a um embaraçoso processo de demissão, de que a Casa Branca tem, aliás, andado bem servida. Mas não, enganámo-nos. Kellyanne continua activa, e porque a season se parece adequar a pessoas com o seu perfil, as notícias e comentários protagonizados por si, mesmo depois (ou até mesmo por causa) das transformações prometidas para breve no funcionamento da equipa que acompanha de perto o presidente Trump, parecem readquirir importância ou, pelo menos, a atenção mediática. O estilo, que a tornou popular por se enquadrar no estereotipo da dumb blonde, é que não parece ter evoluído: desde uma espécie de proposta de submeter o pessoal da Casa Branca a detectores de mentiras para se descobrir a origem das fugas de informação, até momentos surrealistas no meio das entrevistas, quando procura evadir as questões mais delicadas respondendo a alhos com bugalhos (como acontece no vídeo abaixo), a coisa sustenta-se com a selecção da sua pessoa para nos assegurar que Trump pretende reapresentar-se em 2020. Em síntese, as promessas inclusas na recente promoção do general Kelly e a descontração manifestada por Kellyanne parecem-me ser sinais, no mínimo, contraditórios - como quase tudo o que emana da Administração Trump.
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