Acima vemos Jean-François Copé, um antigo presidente da UMP que se viu afastado do cargo devido ao Escândalo Bygmalion de 2014 (uma sobrefacturação em prol daquela mesma organização durante a campanha presidencial de 2012 de Nicolas Sarkozy). Ultrapassadas essas acusações regressou à política apresentando-se às primárias presidenciais da direita em Novembro passado. Nesta entrevista televisionada disponível numa página da edição do jornal Le Monde de 14 desse mês, vêmo-lo a falar com surpreendente qualificação sobre a Primeira Guerra Mundial, num programa que durou quase uma hora. Pena que o eleitorado das primárias da direita francesa (estimado em mais de quatro milhões de eleitores), não se tenha impressionado nada com a sua erudição académica, pois Copé arrebatou na semana seguinte apenas a simpatia de 12.787 votantes, o que foi o último lugar e uma parcela ínfima (0,3%) do eleitorado na primeira volta dessas primárias. Agudizando a injustiça, passados uns dias, a rádio Europe 1 faz uma charla matinal a propósito da desfeita, partindo à procura do eleitor único de Jean-François Copé. Este é a outra questão a respeito do sucesso dos populismos da actualidade.
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