Se um mapa religioso da Europa é relativamente simples de compreender na identificação das suas grandes regiões de predominância católica, protestante e ortodoxa, o seu equivalente nos Estados Unidos (acima) é muito mais complexo por culpa da importância das especificidades das diferentes tradições protestantes. Do outro lado do Atlântico, ser-se protestante é uma designação que abrange muitas denominações diferentes: baptistas, congregacionalistas, episcopalianos, evangélicos (também conhecidos por luteranos), metodistas, presbiterianos, reformados, etc. Quando comparado com cada uma dessas designações separadamente, o catolicismo romano acaba por se revelar maioritário numa maioria dos condados norte-americanos (acima, assinalados a azul claro). Porém, esses preciosismos, que a nós europeus nos parecem minudências, separando as diferentes igrejas protestantes, têm a importância suficiente para que haja quem faça um mapa com a filiação religiosa dos presidentes dos Estados Unidos (abaixo). Repare-se como o protestantismo religioso, mesmo que não represente uma maioria canónica homogénea, se converte historicamente numa maioria política esmagadora: houve apenas um presidente católico (Kennedy) entre os 45 presidentes da história dos Estados Unidos. E também não houve nenhum presidente judeu (esqueçam por isso as hipóteses remotas de Bernie Sanders...). E mudar de denominação de uma geração para outra não é assim tão condenável quanto o possa parecer intuitivamente. Parece não ser visto como uma apostasia desde que se permaneça entre denominações respeitáveis: George Bush pai é episcopaliano mas George Bush filho é metodista e isso nunca foi usado contra o segundo em campanha.
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