04 fevereiro 2017

...AFINAL, PODE NÃO SER SÓ FAZER AS CONTAS...

Há mais de vinte anos a separar estas duas entrevistas mas creio que elas se encadeiam naturalmente e não só por António Guterres e Marcelo Rebelo de Sousa serem amigos.

É que a famosa atrapalhação de Guterres com as contas que ficaram por fazer em 1995, é redimida pela cena mais recente de Marcelo de 2017, que as fez, às contas, mas de uma forma tão trapalhona que o resultado é uma análise financeira tão incoerente que ninguém entende nada dela(«...3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, a que há que descontar 1,7%..., se for esse o caso.»). Felizmente os «microfones» permanecem tão complacentes quanto o Júlio Magalhães ou a Judite Sousa dos tempos de TVI.

Assim como Guterres não sofreu grande coisa por não saber a quanto montavam as despesas com a Saúde (venceu as eleições daquele ano), também o entaramelado financeiro de Marcelo parece não ter afectado a sua popularidade. Quase ninguém deu por ele, lhe deu valor e, pior, nem serviu ao próprio de emenda: convertido agora ao analismo financeiro, ontem já Marcelo andava a anunciar antecipadamente a manutenção do rating por parte da Fitch.

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