Porque as coisas têm corrido bem à Geringonça, suponho que haverá entre eles os que não levarão a mal uma alusão a propósito, associando-os ao primeiro plano quinquenal. Este cartaz soviético de 1933 celebra os resultados alcançados por esse plano (1928-32), sublinhando o cepticismo dos incrédulos (o capitalista começa por dizer que se trataria de uma fantasia, de uma utopia), num espírito crítico que se enquadrará nas censuras endereçadas abaixo por Mário Centeno às instituições internacionais, que acusa de terem falhado rotundamente nas suas previsões. Sinal dos tempos, as prioridades que outrora eram dadas à indústria, vão hoje para as finanças. Mesmo assim, alcançar os tais 2,3% de défice e não tivesse caído o Muro de Berlim, seria um feito que tornaria Mário Centeno merecedor de receber o título de Herói do Trabalho Socialista.
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