Comparem-se acima os logótipos de duas ONGs que, pela sua notoriedade, dispensam qualquer apresentação: a Greenpeace e a WikiLeaks. Pela sua configuração, a ambição de ambas as organizações em intervirem globalmente parece ser evidente. O que será menos evidente é que, por aquilo que nos tem sido dado observar, a globalidade de cada uma de certo modo complementa a da outra. Que aqueles que me lêem regularmente me perdoem a petulância de me auto-citar, mas deixem-me inserir um trecho que aqui escrevi já há uns cinco anos a respeito das peculiaridades da distribuição geográfica das intervenções da Greenpeace: …provavelmente a organização ecologista mundial mais conhecida em todo o mundo. Já teve inúmeras acções de destaque jornalístico: contra a caça à baleia, pelo Japão, a desflorestação da Amazónia, no Brasil, os ensaios nucleares, da França, o transporte de dejectos radioactivos, na Alemanha… Curiosamente, não se regista nenhuma acção destacada nos ou contra interesses dos Estados Unidos – acidentalmente a ONU atribui (a este último país) a responsabilidade por 20 a 25% de toda a poluição produzida no Mundo. Pelo contrário, nos antípodas desta atitude, a Wikileaks tem mostrado uma predilecção especial pelos Estados Unidos…
…que incluiu até agora, durante todo este ano, a publicitação de 77.000 documentos classificados sobre a Guerra no Afeganistão, de outros 400.000 sobre a Guerra no Iraque e agora de mais 251.000 referentes à sua correspondência diplomática, que têm mantido em êxtase o Mundo Informativo. Curiosamente, e admitindo a evidente negligência norte-americana em preservar a sua inúmera documentação classificada, os autores de toda aquela pirataria parecem ainda não ter conseguido aceder a material igualmente significativo de outras origens... Será por os outros países todos, ao contrário dos Estados Unidos, saberem proteger devidamente dos hackers da WikiLeaks?... Falando a sério, um e outro episódio parecem ser emersões à superfície dos episódios sujos de um conflito permanente pela Supremacia Global, que apenas durante o período da Guerra-Fria não precisou de se esconder tanto por debaixo do manto da hipocrisia. Que é o que me aborrece e que não me canso de denunciar. Tanto no caso da Greenpeace como no da WikiLeaks, é uma inqualificável estupidez que se pretenda camuflar estes golpes sujos sob proclamações de índole moral. Parafraseando Tina Turner na sua música What's Love Got To Do With It (O que é que o Amor tem a ver com isso?), também aqui valerá a pena perguntarmo-nos:
O que é que a Moral (ou a Transparência) têm a ver com o Assunto?
…que incluiu até agora, durante todo este ano, a publicitação de 77.000 documentos classificados sobre a Guerra no Afeganistão, de outros 400.000 sobre a Guerra no Iraque e agora de mais 251.000 referentes à sua correspondência diplomática, que têm mantido em êxtase o Mundo Informativo. Curiosamente, e admitindo a evidente negligência norte-americana em preservar a sua inúmera documentação classificada, os autores de toda aquela pirataria parecem ainda não ter conseguido aceder a material igualmente significativo de outras origens... Será por os outros países todos, ao contrário dos Estados Unidos, saberem proteger devidamente dos hackers da WikiLeaks?... Falando a sério, um e outro episódio parecem ser emersões à superfície dos episódios sujos de um conflito permanente pela Supremacia Global, que apenas durante o período da Guerra-Fria não precisou de se esconder tanto por debaixo do manto da hipocrisia. Que é o que me aborrece e que não me canso de denunciar. Tanto no caso da Greenpeace como no da WikiLeaks, é uma inqualificável estupidez que se pretenda camuflar estes golpes sujos sob proclamações de índole moral. Parafraseando Tina Turner na sua música What's Love Got To Do With It (O que é que o Amor tem a ver com isso?), também aqui valerá a pena perguntarmo-nos:
Lucidez, simplicidade, noção exacta do óbvio. Os bastidores dos senhores do mundo a representar mais uma das suas farsas, a ver quem é que é o próximo gerente da "mercearia".
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