Bernhard Goetz (acima, n. 1947) é um nova-iorquino que se tornou conhecido e que emprestou o seu nome a um Caso famoso quando, em Dezembro de 1984, reagiu a um ataque de quatro assaltantes na carruagem de metropolitano onde viajava, sacando e disparando uma arma ilegal que transportava consigo, ferindo-os a todos, um dos quais de forma permanente – ficou paraplégico. O Caso Goetz desencadeou na época uma controvérsia enorme nos Estados Unidos à volta da incapacidade do Estado em assegurar a segurança dos seus cidadãos, da possibilidade destes o fazerem autonomamente e dos limites legais como o podiam fazer.
Veio-se a saber, no seu julgamento, que Goetz já havia sido assaltado no metropolitano três anos antes, episódio donde saíra ferido com estilhaços de uma vitrina para onde fora atirado. Depois disso, Goetz solicitara uma licença de porte de arma que lhe fora negada. O ambiente de insegurança que se vivia no metropolitano nova-iorquino à época era estarrecedor: havia uma média de 38 participações de crimes diariamente. E os cadastros criminais que qualquer dos quatro baleados possuía – afro-americanos com 18 e 19 anos residentes nos bairros degradados do Bronx – davam uma indicação forte que o incidente não se tratara de um trágico engano.
O episódio veio parar às primeiras páginas dos jornais (acima), que baptizaram o autor do tiroteio de O Vigilante do Metropolitano. Torna-se tão lógico quanto paradoxal que, quando o aparelho do Estado é assim confrontado com as suas insuficiências (no caso, a de providenciar segurança no metro), sente-se obrigado a reagir com uma eficácia que provavelmente teria evitado o problema inicial: Goetz veio a ser detido oito dias depois do tiroteio. Por essa altura já a opinião pública se dividira em relação ao incidente em favor da atitude de Goetz ou condenando-a por excessiva. A primeira facção mostrou-se muito melhor organizada.
Um dos aspectos que favorecia a causa de Goetz aos olhos da opinião pública era a sua imagem frágil com os seus óculos de aros finos de metal e um aspecto de presa para os predadores dos subterrâneos que o nova-iorquino típico aprendera a reconhecer… A fotografia acima, retirada de um jornal da época e sem o exprimir, acaba por induzir o leitor a imaginar como seria a desvantagem de Goetz perante os seus assaltantes e a justiça da sua reacção. Paradoxalmente, o afro-americano entroncado que ali aparece é um aliado seu, pertencente aos Guardian Angels, uma organização não-lucrativa que faz a segurança nos metropolitanos…
Veio-se a saber, no seu julgamento, que Goetz já havia sido assaltado no metropolitano três anos antes, episódio donde saíra ferido com estilhaços de uma vitrina para onde fora atirado. Depois disso, Goetz solicitara uma licença de porte de arma que lhe fora negada. O ambiente de insegurança que se vivia no metropolitano nova-iorquino à época era estarrecedor: havia uma média de 38 participações de crimes diariamente. E os cadastros criminais que qualquer dos quatro baleados possuía – afro-americanos com 18 e 19 anos residentes nos bairros degradados do Bronx – davam uma indicação forte que o incidente não se tratara de um trágico engano.
O episódio veio parar às primeiras páginas dos jornais (acima), que baptizaram o autor do tiroteio de O Vigilante do Metropolitano. Torna-se tão lógico quanto paradoxal que, quando o aparelho do Estado é assim confrontado com as suas insuficiências (no caso, a de providenciar segurança no metro), sente-se obrigado a reagir com uma eficácia que provavelmente teria evitado o problema inicial: Goetz veio a ser detido oito dias depois do tiroteio. Por essa altura já a opinião pública se dividira em relação ao incidente em favor da atitude de Goetz ou condenando-a por excessiva. A primeira facção mostrou-se muito melhor organizada.
Um dos aspectos que favorecia a causa de Goetz aos olhos da opinião pública era a sua imagem frágil com os seus óculos de aros finos de metal e um aspecto de presa para os predadores dos subterrâneos que o nova-iorquino típico aprendera a reconhecer… A fotografia acima, retirada de um jornal da época e sem o exprimir, acaba por induzir o leitor a imaginar como seria a desvantagem de Goetz perante os seus assaltantes e a justiça da sua reacção. Paradoxalmente, o afro-americano entroncado que ali aparece é um aliado seu, pertencente aos Guardian Angels, uma organização não-lucrativa que faz a segurança nos metropolitanos…
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