Encontrei num blogue – mas já não sei em qual… – o vídeo acima com aquela máquina totalmente inútil, cuja finalidade única é a de se desligar a si mesma. Porém, o conceito mais conhecido de máquina que trabalha em prol de um objectivo que se possa considerar como seu próprio proveito será a designada Máquina de Von Neumman, que é uma máquina que está programada para, como primeira missão, fabricar uma réplica igual a si a partir das matérias-primas que possua ao seu alcance (em inglês usa-se também a expressão self-replicating machine), conceito de máquina esse que foi idealizado por volta de 1950 por um matemático genial chamado John Von Neumann.
Por outro lado, deu-se a coincidência de, ainda ontem, ter aqui falado de 2010 onde, na fase mais dramática do livro/filme, o misterioso monólito de origem extraterrestre se começa a dividir em monólitos idênticos, tal qual uma das tais Máquinas de Von Neumman, até constituírem um número tal que são capazes de transformar um planeta gigante gasoso como é o caso de Júpiter numa nova Estrela, através de um processo para o qual Arthur C. Clarke não nos dá pistas... Mas isso trata-se de ficção. Na realidade parece ser no outro extremo das dimensões, nas imensamente pequenas e na nanotecnologia, campo onde o conceito parece vir a ter mais possibilidades de ser aplicado no futuro.
É um pouco arriscado trazer este assunto controverso para a obrigatória simplicidade de um poste num blogue, mas no campo da nanotecnologia e sobretudo da nanotecnologia molecular (MNT em inglês), onde os tijolos de construção das estruturas gémeas serão moléculas e mesmo átomos, as fronteiras entre o que é do campo da mecânica e o que será do campo da biologia tendem a esbater-se, para mais quando uma das áreas mais óbvias da aplicação da MNT é a medicina. Encarando o assunto por essa perspectiva a replicação das tais nanomáquinas de Von Neumman, quando conseguida, poderá ser considerada uma espécie de embrião muito primitivo da divisão celular…
Muito primitivo porque, por dedução lógica, possivelmente as primeiras células poderão ter sido máquinas de Van Neumman perfeitas, que geravam sempre cópias rigorosas de si mesmas. Mas o conceito de máquinas que terá acabado por vingar na natureza e a longo prazo, comprovado através do mecanismo da selecção natural, foi um conceito distinto do de Van Neumman: as cópias serão numa esmagadora maioria das vezes idênticas aos originais, mas, muito de vez em quanto, não o são e isso fará toda a diferença… São essas subtis mudanças que permitem que em circunstâncias especiais algumas das novas versões da máquinas subsistam enquanto as originais desaparecem…
É um pouco arriscado trazer este assunto controverso para a obrigatória simplicidade de um poste num blogue, mas no campo da nanotecnologia e sobretudo da nanotecnologia molecular (MNT em inglês), onde os tijolos de construção das estruturas gémeas serão moléculas e mesmo átomos, as fronteiras entre o que é do campo da mecânica e o que será do campo da biologia tendem a esbater-se, para mais quando uma das áreas mais óbvias da aplicação da MNT é a medicina. Encarando o assunto por essa perspectiva a replicação das tais nanomáquinas de Von Neumman, quando conseguida, poderá ser considerada uma espécie de embrião muito primitivo da divisão celular…
Muito primitivo porque, por dedução lógica, possivelmente as primeiras células poderão ter sido máquinas de Van Neumman perfeitas, que geravam sempre cópias rigorosas de si mesmas. Mas o conceito de máquinas que terá acabado por vingar na natureza e a longo prazo, comprovado através do mecanismo da selecção natural, foi um conceito distinto do de Van Neumman: as cópias serão numa esmagadora maioria das vezes idênticas aos originais, mas, muito de vez em quanto, não o são e isso fará toda a diferença… São essas subtis mudanças que permitem que em circunstâncias especiais algumas das novas versões da máquinas subsistam enquanto as originais desaparecem…
Sem comentários:
Enviar um comentário