Escolhi propositadamente para este poste um daqueles títulos de redacção infantil, para poder exprimir-me, qual criança maravilhada, não apenas sobre a amizade propriamente dita, mas com as várias funcionalidades que a palavra amigo tem adquirido nos dias que correm. É uma palavra que agora e como dizia o anúncio da antiga Pasta Medicinal Couto, anda na boca de toda a gente, mas usada a propósito e a despropósito. Ainda outro dia, num estabelecimento comercial onde o empregado nunca me vira mais gordo, referindo-se a mim:
– …o meu amigo…– Mas eu não sou seu amigo – atalhei.
– É uma maneira de falar. – contrapôs, sem se descompor.
– Então arranje outra.
Esta inflação de amizade com a consequente desvalorização do valor dos amigos veio-me à memória ontem, a propósito da resposta que recebi a um comentário que havia inserido num poste (o poste é este, o meu comentário é o 5º a que se segue a resposta a que me refiro), onde quem me respondeu dá-me razão nas críticas que lhe faço (o que, pela raridade com que acontece na blogosfera, é sempre de saudar!), embora não se furte à habilidade de eleger a ofendida à condição de sua amiga. Talvez. Mas, por poder ter uma certa analogia com toda aquela amizade, lembrei-me desta cena de televisão em que convenceram a cantora Nilla Pizzi que estava a participar, via satélite, para um programa russo de enorme audiência sobre a Amizade e o Amor, enquanto em estúdio, por detrás das câmaras, andava tudo à pancada...
– …o meu amigo…– Mas eu não sou seu amigo – atalhei.
– É uma maneira de falar. – contrapôs, sem se descompor.
– Então arranje outra.
Esta inflação de amizade com a consequente desvalorização do valor dos amigos veio-me à memória ontem, a propósito da resposta que recebi a um comentário que havia inserido num poste (o poste é este, o meu comentário é o 5º a que se segue a resposta a que me refiro), onde quem me respondeu dá-me razão nas críticas que lhe faço (o que, pela raridade com que acontece na blogosfera, é sempre de saudar!), embora não se furte à habilidade de eleger a ofendida à condição de sua amiga. Talvez. Mas, por poder ter uma certa analogia com toda aquela amizade, lembrei-me desta cena de televisão em que convenceram a cantora Nilla Pizzi que estava a participar, via satélite, para um programa russo de enorme audiência sobre a Amizade e o Amor, enquanto em estúdio, por detrás das câmaras, andava tudo à pancada...
Também nunca entrei na onda de chamar amigo a toda a gente. Era o que faltava.
ResponderEliminar:)
Pois é bem observado. Nas redes sociais por exemplo a designação de "amigo" carece inclusivamente muitas vezes de qualificação. Mas de onde o conhece? Isto porque dizer "conhecido" ou "desconhecido que uma vez comentou" não ficaria tão bem nos formulários ... Não se se isso chegará para desvalorizar a amizade porque creio que quem a pratica lhe conhece o valor mas a palavra em si está efectivamente ameaçada de uma desqualificação.
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