Aqui há uma boa dúzia de anos, senão talvez mais, o Independente fez uma entrevista das clássicas a uma socialite, Kukas, de seu nome de guerra, onde a excelsa senhora se safou de todas as perguntas que tivessem um cheirinho assim a mais exigente atirando Fernando Pessoa para a frente. O livro favorito? A Mensagem de Fernando Pessoa. O escritor? Fernando Pessoa. O poeta? Obviamente Fernando Pessoa…
Em suma, para aquela senhora, Fernando Pessoa estaria para o espírito assim como a faca eléctrica/ descaroçador da TV Shop das 4 da manhã está para as frutas. Trata de todas…
Este aspecto multifacetado da mesma resposta ocorre-me quando visito os blogues ultraliberais de alguns colegas de blogosfera, onde o mercado, o tal de famoso mercado, deixa de ser a solução para uma maioria dos problemas económicos para ser a solução mágica para tudo, mas mesmo tudo.
É que eu até posso aceitar que se diga que a água benta de Lurdes tem propriedades milagrosas para todos os achaques ou que o tempo cura todos os desgostos de amor, só que quem isso diz não tem quaisquer pretensões ideológicas, nem está a pretender ser levado a sério…
Em suma, para aquela senhora, Fernando Pessoa estaria para o espírito assim como a faca eléctrica/ descaroçador da TV Shop das 4 da manhã está para as frutas. Trata de todas…
Este aspecto multifacetado da mesma resposta ocorre-me quando visito os blogues ultraliberais de alguns colegas de blogosfera, onde o mercado, o tal de famoso mercado, deixa de ser a solução para uma maioria dos problemas económicos para ser a solução mágica para tudo, mas mesmo tudo.
É que eu até posso aceitar que se diga que a água benta de Lurdes tem propriedades milagrosas para todos os achaques ou que o tempo cura todos os desgostos de amor, só que quem isso diz não tem quaisquer pretensões ideológicas, nem está a pretender ser levado a sério…
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