25 de Janeiro de 1974. A General Motors (GM), que era então o maior construtor mundial de automóveis, anunciava na imprensa norte-americana a sua intenção de despedir 75.000 trabalhadores pertencentes a 14 fábricas localizadas nos Estados Unidos. Uma semana depois, a 1 de Fevereiro, a mesma General Motors anunciava que obtivera os seus maiores lucros de sempre - 2.400 milhões de dólares - no exercício de 1973, acabado de encerrar. Cada acção da GM seria remunerada a USD 8,34, um valor record em relação aos USD 7,51 (também ele um valor record), que havia sido pago em 1972. A relação entre factores - Capital e Trabalho - não oferecia dúvidas na América. O primado ia para o dividendo da acção, mesmo à custa de 75.000 despedimentos. A ironia embaraçosa para aquilo que hoje somos, é que todos os indicadores nos demonstram que, apesar desta brutalidade, esta sociedade norte-americana de 1973 era muito mais igualitária do que a actual.
Sem comentários:
Enviar um comentário