(Republicação)
8 de Janeiro de 1994. Lançamento da missão espacial russa Soyuz TM-18. Entre a tripulação (fotografia acima) encontra-se o médico Valeri Polyakov de 51 anos (à esquerda) que irá passar os próximos catorze meses e meio (437 dias) na estação espacial MIR, estabelecendo com isso o record do maior período contínuo passado no espaço (um record que ainda hoje subsiste). O vídeo abaixo mostra o seu retorno à Terra a 22 de Março de 1995, com a tripulação da missão Soyuz TM-20. Se a proeza tivesse sido realizada pelos norte-americanos, teria sido notícia de encher os cabeçalhos à volta do Mundo; pelo contrário, no caso, ainda se nota um certo provincianismo socialista soviético nas cerimónias preparadas para o acolhimento dos cosmonautas.
Pela sua duração, este terá sido o processo experimental mais próximo de replicar e estudar as condições de imponderabilidade por que terão de passar quaisquer tripulantes de uma futura missão a Marte (cuja duração previsível rondará os vinte e um meses). De há trinta anos para cá produziram-se incontáveis estudos teóricos quanto a missões espaciais tripuladas para a exploração daquele planeta, mas a verdade é que nada foi desenvolvido naqueles aspectos experimentais mais concretos (e mais caros...) da missão, nomeadamente este aspecto crucial de compreender e lidar com as reacções do organismo humano à presença prolongada no espaço. Passarão várias décadas antes de que a história de ir lá buscar o Matt Damon possa ser algo mais do que ficção...
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