Saúdo de forma muito efusiva e sincera esta prática recente, a que assisti no congresso do Chega deste fim de semana, de desmontar logo em cima do acontecimento as promessas demagógicas que ali se fizeram ouvir. Acima, do lado esquerdo, e retirado do jornal Eco, a única coisa que me deixa dúvidas naquela análise é a identidade dos especialistas que alertam os leitores para as consequências nefastas da implementação da proposta do Chega para as pensões. Deixa-me dúvidas, porque não sei a quem me dirigir para lhes pedir, aos tais especialistas, que fizessem uma análise semelhante nas suas consequências às propostas de aumentos do salário mínimo apresentadas neste mesmo fim de semana, tanto pelo PCP como pelo Bloco de Esquerda, que se podem ler do lado direito. Já que a conversa se pretende adulta, sobre o que é exequível e o que o não é, convém tratar informativamente todas estas propostas dos partidos marginais da mesma forma, já que se sabe quanto elas podem ser absurdas e quando é dado adquirido, mas nunca mencionado, que só as vemos feitas porque quem as faz sabe que elas nunca serão implementadas. Tratando PCP e Bloco da mesma forma rigorosa como se trata o Chega, menos razão se daria a este último partido para se queixar de discriminação pela comunicação social. Em concreto, e pretendendo dar a todos um tratamento por igual, o que é que os especialistas do Eco nos podem dizer sobre o impacto económico e financeiro destes interessantes aumentos prometidos do salário mínimo e das pensões?... Ou os 900€ do Bloco e os 1.000€ do PCP como salário mínimo são para levar a sério?
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