10 de Janeiro de 1989. Os soldados cubanos começavam a abandonar finalmente Angola: há treze anos que eles lá estavam (logo depois, e muito provavelmente até mesmo antes, da independência concedida pelos portugueses em Novembro de 1975) e há treze anos que andavam a prometer que de lá saíam (veja-se esta notícia de Maio de 1976!). Em comparação, outros treze anos de guerra (1961-1974) haviam esgotado a força anímica dos portugueses em quererem defender Angola como sua. Mas estes treze anos de guerra (1975-1989) pareciam não ter beliscado a determinação dos cubanos em defender um país irmão na ideologia situado a 11.000 km de distância! Ou é a constatação da superioridade moral do marxismo-leninismo, ou é a constatação de que a ditadura cubana era particularmente mais eficaz do que a portuguesa quanto à supressão das manifestações sociais de revolta a respeito do engajamento numa guerra distante. Os últimos soldados cubanos só abandonarão Angola em 1991 e durante esses quinze anos terão sido cerca de 310.000 os cubanos mobilizados para lá combater, deixando um saldo oficial de 2.016 mortos.
As minhas desculpas por comentar fora do tema deste texto mas esta noticia:
ResponderEliminarhttps://www.dn.pt/poder/interior/montenegro-pondera-desafiar-rio-para-eleicoes-10418431.html
Lembrou-me este seu texto:
https://herdeirodeaecio.blogspot.com/2018/12/observador-seis-meses-para-mostrar-o.html
O tempo se encarrega de clarear as aguas... :)
Mas garanto-lhe que não tenho nenhuma fonte interna no PSD que me sopre "inside information".
ResponderEliminarE permita-me cavalganr esses meus "galões" - recentemente adquiridos - de presciência comprovada: antecipo que esta próxima luta política dentro do PSD vai ser de uma sordidez memorável.