Durante mais de quatro anos as notícias deste género repetiram-se na comunicação social portuguesa insistindo na indução de que seria a existência de um governo daqueles que os mercados gostam o responsável pelos sucessos das operações de financiamento da nossa dívida pública. Espero que, a partir de agora e porque o governo passou a ser outro, as notícias do mesmo cariz atribuam as causas dos sucessos a questões circunstanciais (políticas de estímulo do BCE, explica o Observador acima), como aconteceu com esta de hoje, e não se sugiram mais essas tradicionais mentiras do foro político interno. A esses que o faziam e o fizeram durante anos, já a História tratou deles com a sua ironia cruel dos factos: nunca as yields da dívida portuguesa foram tão elevadas (18% nos títulos a 10 anos!) quanto em finais de Janeiro de 2012 (mapa abaixo), altura em Pedro Passos Coelho (e Vítor Gaspar) já estavam no poder há sete meses a executar (mais do que) o programa da troika!
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