Sobre o quarto volume da biografia política de Álvaro Cunhal de José Pacheco Pereira, mantenho a opinião que já aqui expressara neste blogue há dez anos a respeito do volume anterior (é verdade: o 3º volume da obra já data de 2005!). É um livro que a quem compra importa mostrar que o fez, que quem lê o faz porque lhe interessa, de que nas opiniões qualificadas prevalecentes se reconhece a necessidade do trabalhado de investigação e de que o resultado seja publicado, mas que, como obra propriamente dita, não empolga. Por muito irónico que pareça o que me pareceu mais prometedor neste volume foi a forma como ele acaba: o período abrangido vai de 1960 até à entrada do Outono de 1968, a encaixar as sequelas da invasão da Checoslováquia e diante da expectativa do que seriam as consequências da chegada de Marcello Caetano ao poder. A última frase do livro (...os anos que vão de 1969 a 1974 não foram os melhores do PCP), promete para a saída do quinto e último volume da série de José Pacheco Pereira, conhecendo a forma como no PCP eles se comportam, aquilo que mais há de parecido com um reality-show mediático, só que para políticos e intelectuais. Com muitas vendas...
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