O que distingue esta notícia de todas as outras que destacaram o apelo lançado por Duarte Marques a que o seu companheiro José Pacheco Pereira abandonasse o partido em que ambos militam é a fotografia. Nenhuma outra notícia aparece ilustrada de forma tão expressiva, com Duarte Marques exibindo uns livros (e logo em inglês!) que se presumem leituras suas de cabeceira: identificam-se The World is Flat de Thomas Friedman (está traduzido, mas ele pode fazer como eu: há certos assuntos em que gosta de ler no original...) e Eyewitness to Power de David Gergen. Não há nada como a reposição de uma photo-op para conferir ao fotografado a possibilidade de recuperar a densidade intelectual outrora aviltada pela incapacidade manifesta em saber onde colocar as vírgulas num banal artigo de opinião. Outrora, a anedota rezava que as patrulhas policiais eram compostas por três membros porque um deles sabia ler, o outro sabia escrever e o terceiro gostava de conviver com intelectuais. Adaptado aos partidos políticos, parece-me que Duarte Marques está convencido que, sofisticando-se, o princípio permanece em vigor...
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