
Escolhi um protagonista um tanto obscuro, um soberano do Século IX com o nome incomum (quem gostar deles vai ficar bem servido com esta história…) de Lotário II (abaixo, 835-869) que, por sua vez, era um dos bisnetos do Imperador Carlos Magno (742-814). Como Carlos de Windsor, também Lotário teve na juventude uma eleita do seu coração chamada Waldrada (de quem teve aliás um filho: Hugo) mas, por razões de estado, casou com Teutberga do clã dos Bosónidas. O problema que se pôs a Lotário é que Teutberga não lhe dava a descendência de que ele necessitava…

Segundo essas acusações, Teutberga havia praticado sexo anal com o próprio irmão Huberto (o Abade – laico – de uma das famosas abadias carolíngias, a de Saint-Maurice-en-Valais), em consequência disso tinha engravidado (através de feitiçaria, precisava a acusação…) para posteriormente vir a abortar o feto daí resultante. Ou seja, cometera logo três pecados mortais: incesto, sodomia e infanticídio! Estão a imaginar como seria a primeira página do Correio da Manhã desse dia de 863?... Que poderia valer um banal caso de adultério quando comparado com isso?
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