
Marina Costa Lobo esteve na plateia do
Prós e Contras desta semana. E
escreveu sobre essa estadia. Como a certa altura se
lembrou de ter pensado «que se Portugal sobreviveu a oito anos daquele
senhor como Presidente da República (Ramalho Eanes)
numa altura tão conturbada então tem mais capacidade de resistência do que» ela pensaria. Apetece confrontá-la com as
opções disponíveis nas eleições presidenciais de 1976 – teria então a Marina quatro anos… Abaixo, numa imagem do debate televisivo algo
esborratada podemos
adivinhar, da esquerda para a direita, Otelo Saraiva de Carvalho, Octávio Pato, o moderador Joaquim Letria, Ramalho Eanes e Pinheiro de Azevedo...

Em contrapartida, e continuando a seguir a opinião da politóloga, «
Jorge Sampaio foi talvez quem esteve melhor nas suas intervenções». Permitam-me o aparte de comentar como é bom que Jorge Sampaio se continue a
esmerar nas suas intervenções depois de abandonar a presidência, porque a análise dos anos em que a exerceu é mesmo para dar graças por não ter sido preciso testar seriamente
a capacidade de resistência do país… Em retrospectiva, eu consigo encontrar uma panóplia de argumentos
racionais que ainda justificam hoje
o voto em Ramalho Eanes em 1976. Mas o que consigo encontrar são sobretudo causas
emocionais para que
Jorge Sampaio tivesse vencido em 1996 contra Cavaco Silva…

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