Houve uma época, já faz muito tempo, em que as notas espanholas de 100 pesetas eram decoradas com a efígie de um senhor de aspecto esquisito (acima). Com uma cabeça redonda e enorme para o pescoço que a sustentava, parecendo um pássaro ou – imagem que só me veio a ocorrer posteriormente – um extraterrestre, descobri depois que o senhor se chamava Manuel de Falla (1876-1946), era um compositor famoso e que a sua obra mais conhecida era uma peça musical chamada Dança Ritual do Fogo.
Como peça musical, a Dança Ritual do Fogo (acima) parece conter um característico travo misterioso daquela magia de origens populares, das bruxas e videntes que instintivamente sempre provocaram a nossa curiosidade. Não será precisamente isso, mas será algo de muito parecido, igualmente misterioso e popular, que caracteriza por sua vez uma outra peça musical também muito conhecida que se chama a Dança do Sabre (abaixo), da autoria do compositor arménio Aram Khachaturian (1903-1978).
Como peça musical, a Dança Ritual do Fogo (acima) parece conter um característico travo misterioso daquela magia de origens populares, das bruxas e videntes que instintivamente sempre provocaram a nossa curiosidade. Não será precisamente isso, mas será algo de muito parecido, igualmente misterioso e popular, que caracteriza por sua vez uma outra peça musical também muito conhecida que se chama a Dança do Sabre (abaixo), da autoria do compositor arménio Aram Khachaturian (1903-1978).
Manuel de Falla e Aram Khachaturian, embora tornados compositores consagrados, foram também dois desiludidos políticos: o primeiro, apesar de incensado pelo regime vencedor, veio a abandonar a Espanha em 1939 depois da vitória das forças nacionalistas de Franco na Guerra Civil (1936-39) e o segundo, que fora um entusiasmado militante comunista na sua juventude, viu-se mais tarde (1948) na contingência de ter de pedir desculpas públicas pelo carácter burguês e antipopular das suas composições…
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