Algo me diz que os tempos de impunidade mediática do Bloco de Esquerda podem estar prestes a chegar ao fim... Como aconteceu outrora com o PRD, o partido novo, o partido do General Eanes (como Hermínio Martinho não se cansava de repetir em 1985), há quem, nas proximidades do PS, já se tenha apercebido do efeito de desgaste que a moralidade bloquista terá causado entre o eleitorado tradicional socialista e tenha passado ao contra-ataque, seleccionando-o como alvo de campanha… E mesmo na imprensa tradicional, já houve algumas quezílias menores dentro do rebanho do Padre Savonarola que já se tornaram de interesse jornalístico… E, como pela boca costuma morrer o peixe, há quem faça recordar que foi precisamente por aí, pela ética e moralidade em exclusivo, que o PRD se começou a afundar…
Entretanto, entre estas duas esquerdas inimigas e a outra esquerda rival, tudo parece correr como tradicionalmente, sem grandes atritos e como se não houvesse eleitorado a disputar entre elas. Na verdade, quando Jerónimo de Sousa e o PCP anunciam como objectivos tanto a subida do salário mínimo para 600 €(*) como, simultaneamente, o pleno emprego, apetece mesmo perguntar se, eternamente impermeáveis a alguns princípios elementares de economia, terá chegado a haver alguns camaradas do Comité Central do Partido que tenham sido autorizados a ver e a discutir, nem que fosse internamente, o conteúdo do filme Adeus Lenine (abaixo)?
É que… perante as presentes propostas, apetece mesmo perguntar: quais foram as partes da falência da RDA que eles não perceberam mesmo?... Ou que aquilo era uma comédia?...
(*) Pessoalmente, e já que nos ficamos nos pedidos, eu achava que 750 € vinha muito mais a calhar… Por outro lado, vale a pena recuperar a expressão ruptura com o actual modelo económico que foi empregue por Jerónimo de Sousa. Em Adeus Lenine todos, excepto os comunistas, se terão apercebido claramente qual era o modelo que estava roto...
É que… perante as presentes propostas, apetece mesmo perguntar: quais foram as partes da falência da RDA que eles não perceberam mesmo?... Ou que aquilo era uma comédia?...
(*) Pessoalmente, e já que nos ficamos nos pedidos, eu achava que 750 € vinha muito mais a calhar… Por outro lado, vale a pena recuperar a expressão ruptura com o actual modelo económico que foi empregue por Jerónimo de Sousa. Em Adeus Lenine todos, excepto os comunistas, se terão apercebido claramente qual era o modelo que estava roto...
Após a queda do muro de Berlim e com tudo o que transpirou do ENORME sucesso dos métodos soviéticos, só pode ser comunista, depois dos vinte anos, quem, depois dos dez, ainda acredita no Pai Natal...
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