21 dezembro 2011

OS PODRES DO REINO


O eurodeputado britânico Nigel Farage tem este estilo de intervenção parlamentar onde com demasiada frequência a grosseria ultrapassa a frontalidade. Mas, para além da etiqueta parlamentar, o que mais impressiona no vídeo acima nem foi o discurso e a descrição da situação política europeia que é ali feita por Farage – com a qual tendo a concordar no essencial. Foi a atitude evasiva, envergonhada mesmo, como ele foi escutado pelos responsáveis da União ali presentes no hemiciclo. Van Rompuy (Presidente do Conselho), Durão Barroso (Presidente da Comissão) ou Olli Rehn (Comissário das Finanças) que, noutras ocasiões noutras circunstâncias, adoram dizer coisas, a uma só voz enfiaram o nariz em baixo e assobiaram para o lado durante a diatribe de Farage. Parafraseando Hamlet, há algo de podre neste reino da Europa quando um tal discurso radical eivado de alguma demagogia parece conseguir alçar-se assim tão facilmente a uma tal superioridade moral sobre tantos responsáveis de topo da União…

3 comentários:

  1. Eu não gosto do Van Rompuy nem do Durão Barroso nem do modelo de governança da UE mas gosto ainda menos deste Farrage, cuja única característica relevante é ser curto e grosso para além de inglês o que, na circunstância, é um "handicap" relevante.
    Nesta resposta, http://www.youtube.com/watch?v=U5a95iTXgsc&feature=related Durão Barroso esteve bem.
    A mais velha democracia do mundo é, neste caso, muito mal representada.
    Alguns "amigos" conhecedores da minha posição europeísta me enviaram este vídeo apelidando-o de corajoso, frontal etc.
    Contrariamente eu chamo-a de cobarde porque não leva às últimas consequências.
    Não gostam, saiam.

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  2. Eu não gosto do Van Rompuy nem do Durão Barroso nem do modelo de governança da UE mas gosto ainda menos deste Farrage, cuja única característica relevante é ser curto e grosso para além de inglês o que, na circunstância, é um "handicap" relevante.
    Nesta resposta, http://www.youtube.com/watch?v=U5a95iTXgsc&feature=related Durão Barroso esteve bem.
    A mais velha democracia do mundo é, neste caso, muito mal representada.
    Alguns "amigos" conhecedores da minha posição europeísta me enviaram este vídeo apelidando-o de corajoso, frontal etc.
    Contrariamente eu chamo-a de cobarde porque não leva às últimas consequências.
    Não gostam, saiam.

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  3. Não estará escrito em lado nenhum que estas coisas da política europeia - como toda a outra, de resto - tem de ser como as histórias de "índios e cow-boys" com maus e bons.

    Bastas vezes é uma questão entre maus e piores, alternando entre eles as posições. Neste caso específico, para mim, o mau é o Farage e os piores os outros.

    POr exemplo, eu bem sei quanto é inverosímil – e demagógico – ouvir um “cámone” tão chapado quanto é o Farage manifestar preocupação pela ausência da democracia em Itália que fez com que Berlusconi – outro de quem eu não gosto… – aparecesse subitamente trocado por Monti sem que percebesse muito bem como é que aquilo tinha acontecido.

    Mas não será por isso que as críticas de Farage a esse respeito não deixam de ser pertinentes. Nem será por isso que eu me convencerei que, fosse a questão colocada de maneira civilizada, qualquer dos inquiridos não lhe dariam uma resposta satisfatória – porque se o processo de substituição de Berlusconi fosse transparente, há muito que o conheceríamos essas justificações.

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