Embora a coreografia não pudesse ser mais distinta, alegre a do discurso de Sarkozy em Toulon a 1 de Dezembro de 2011 (acima - um vídeo com uma edição aguada do discurso, não por acaso da euronews mas infelizmente o único traduzido), lúgubre a do discurso radiofónico de Pétain a partir de Bordéus a 17 de Junho de 1940 (abaixo), a Verdade é que a liberdade de actuação estratégica da França à disposição dos dois dirigentes franceses não terá sido muito distinta nas duas ocasiões… Contudo, o voluntarismo demonstrado por Nicolas Sarkozy em abraçar tão nitidamente a opção pró-alemã é bem capaz de lhe vir a custar o resto da carreira política e a reputação, como veio a acontecer com este seu antecessor…
Franceses!
respondendo ao apelo do senhor presidente da República assumo a partir de hoje a direcção do governo de França. Seguro da afeição do nosso admirável exército, que luta com um heroísmo que é digno da suas longas tradições militares contra um inimigo superior em número e armamento, seguro que pela sua magnífica resistência ele cumpriu os seus deveres assumidos junto dos nossos aliados, seguro do apoio dos antigos combatentes que tive o privilégio de comandar, seguro da confiança de todo o povo, entrego à França o dom da minha pessoa para atenuar a sua tragédia.
Nestas horas dolorosas, penso nos infelizes refugiados, que, desprovidos de tudo, se espalham pelas nossas estradas. Quero-lhes expressar a minha compaixão e preocupação. É com o coração despedaçado que vos informo hoje que se deve pôr termo aos combates.
Já esta noite falei com o adversário para lhe perguntar se ele está disposto a explorar connosco, entre soldados, depois da luta e em honra, os meios para pôr um fim às hostilidades.
Que todos os franceses se reagrupem à volta do governo a que presido durante esta fase difícil e que façam calar em si as suas angústias para que não dêem atenção que à sua fé no destino da pátria.
respondendo ao apelo do senhor presidente da República assumo a partir de hoje a direcção do governo de França. Seguro da afeição do nosso admirável exército, que luta com um heroísmo que é digno da suas longas tradições militares contra um inimigo superior em número e armamento, seguro que pela sua magnífica resistência ele cumpriu os seus deveres assumidos junto dos nossos aliados, seguro do apoio dos antigos combatentes que tive o privilégio de comandar, seguro da confiança de todo o povo, entrego à França o dom da minha pessoa para atenuar a sua tragédia.
Nestas horas dolorosas, penso nos infelizes refugiados, que, desprovidos de tudo, se espalham pelas nossas estradas. Quero-lhes expressar a minha compaixão e preocupação. É com o coração despedaçado que vos informo hoje que se deve pôr termo aos combates.
Já esta noite falei com o adversário para lhe perguntar se ele está disposto a explorar connosco, entre soldados, depois da luta e em honra, os meios para pôr um fim às hostilidades.
Que todos os franceses se reagrupem à volta do governo a que presido durante esta fase difícil e que façam calar em si as suas angústias para que não dêem atenção que à sua fé no destino da pátria.
Em vez de "stukas" e "panzers" a invasão começou com: dois marcos/um euro, para facilitar a vida aos alemães.
ResponderEliminarA partir daí o "euromark" tomou conta das nossas vidas e não há como escapar... sem deixar a pele no "eurame farpado"!