10 setembro 2008

OS ISMOS DA POLÍTICA PORTUGUESA

Ainda a propósito da actividade especializada do poste anterior, daquilo a que ela costuma dar importância e das terminologias que costuma empregar, lembrei-me de ir buscar um desenho de Manuel Gustavo Bordalo Pinheiro, publicado no jornal A Paródia em Maio de 1905 (abaixo), onde aparecem os dois dirigentes dos principais partidos da época (o regenerador Hintze Ribeiro, do lado esquerdo, e o progressista José Luciano de Castro, então no poder) incomodados com as verrugas das suas respectivas alas dissidentes.
Como se pode ler no desenho, já então em 1905 se criara a tendência para designar as facções pelo nome do seu chefe, como se o chefe fosse um ideólogo e de uma ideologia se tratasse. Usavam-se as expressões franquismo ou alpoinismo, como se empregaram muito tempo depois soarismo e cavaquismo, e actualmente as que estão mais em uso são o santanismo, o barrosismo ou o menezismo. Para aferir da importância futura destas três últimas, dão-se alvíssaras a quem se lembrar de memória quem foram o Sr. Franco e o Sr. Alpoim

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