Dependendo da nacionalidade do narrador, a Segunda Guerra Mundial começou em 1 ou 3 de Setembro de 1939. Foi a 1 de Setembro, às 4H45 da manhã (Hora da Europa Central), que os alemães desencadearam a sua invasão da Polónia, a princípio camuflada de uma reacção a ataques polacos ao seu território como
o efectuado ao emissor de Gleiwitz. Montada pelas SS e pela Gestapo veio a revelar-se uma
encenação completamente fracassada. Para a Alemanha e a Polónia o Dia 1 de Setembro foi o Dia D do Início da Segunda Guerra Mundial.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjw5nbyIFuxNwbI7fdslFUwXcx_QBfLtbsscRUfBaKQXDWC4qrwAD_2iBR9QL91bQ20-dO8C-tcwdyTB-WxWCknkmuaqiBp0sgZIyiN_slumvVxY_Tzqz-jbWYNKy_ZCj8yUrAU/s400/JoachimVonRibbentrop.jpg)
Daí por dois dias, a 3 de Setembro (completam-se hoje precisamente 69 anos) às 9H00 (Hora da Europa Central), foi a data e hora escolhidas pelo Governo de Sua Majestade para que o seu Embaixador em Berlim,
Neville Henderson (abaixo), solicitasse uma audiência ao Ministro dos Negócios Estrangeiros do Reich,
Joachim von Ribbentrop (acima). Estava-se a um Domingo e na Wilhelmstrasse fingia-se que nada de anormal se estava a passar.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBiu4J-wdjbzyJwxMm3wEymoIm5r0e7Uh_pcwd-cb8n5gUGFXHanarKwMwi34rDa2z1EM00v1oM8ov4xAodPdvuqbl0YPFdDlNe5m7JhfekPBxElU4cUqhSkjLWH2qwSgTfv7M/s400/NevilleHenderson.jpg)
Nesta outra encenação, esta diplomática, Henderson recebeu a resposta que
Sua Excelência,
o Ministro, não estaria
visível da parte da manhã, mas que o Conselheiro
Paul Schmidt, que costumava ser o habitual intérprete de Hitler (abaixo mesmo ao lado de Hitler, com Chamberlain e Mussolini) estava habilitado para receber qualquer comunicação do Governo britânico que o Embaixador fosse portador. E foi nas mãos daquele funcionário menor que foi entregue o Ultimato da Grã-Bretanha:
Se às 11H00 de Londres (12H00 em Berlim)
não se tivessem recebido garantias categóricas sobre a retirada das tropas alemãs da Polónia então estabelecer-se-ia o estado de guerra entre os dois países.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhsKaNLKX752-6BQ682ypdyn7Mvcs51CrPDrtqZ7khqmi6q8PWbAy9jyQKUEPa-YdIPUmTNNguzMcGDkZw8JPIoXNItomUjQI9cMJ3eiCCzF6R9kSmWwIoOlCQVdU2FzziaJ2YK/s400/PaulSchmidtChamberlainMussolini.jpg)
Segue-se o Embaixador da França, cujo Governo pretende demarcar a sua atitude da dos britânicos e cuja hora da audiência quase coincide (12H30) com a hora a que expirava o Ultimato britânico. O teor da declaração entregue a um outro funcionário menor, e que foi redigida pelo próprio Ministro dos Negócios Estrangeiros,
Georges Bonnet (abaixo - virá a ser um dos futuros colaboracionistas com o regime de Vichy) era um prodígio de eufemismos para evitar que se escrevesse a palavra
guerra: (…no caso de incumprimento alemão),
o Governo francês ver-se-ia na obrigação de cumprir os compromissos que a França contraiu com a Polónia e que o Governo alemão conhece... Este Ultimato quase a contragosto expirava às 17H00…
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOg4pdCIVP66dKc1SxttITD6Alg3JUdvKr3PVKqh9fsrT4A99PiyNWD-DPqKLOXhUN-MJ8RRe7s9ZIsGOxnMeKqFYCPfQaWeTbBiYSySfEB_LDdaVCmQgQqPnqriq-u_czUZqS/s400/GeorgesBonnet.jpg)
O diplomaticamente
invisível Ribbentrop estava afinal na Chancelaria com Adolf Hitler, acompanhando detalhadamente a situação. Contudo, a reacção mais marcante entre os próximos do
Führer, quando se aperceberam que era uma nova Guerra Mundial que se iniciava, terá sido a de
Hermann Goering (abaixo):
Se perdermos esta guerra, que Deus tenha piedade de nós!
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtc_INHyV5i3VbT_lmhLz6s7sfJoBhWZ760SZcG-doI6VAXvWgay4IKgUEJJ5JHXijBmjbUQ7yaZ_JlUOkpZLvRf1WxRfk05y2T9we3N_riwoO0OyD4lV06mqZOJX_9QUe4Rh2/s400/HermannGoering.jpg)
Sem comentários:
Enviar um comentário