É um facto a que se costuma dar muito pouca publicidade que os dois presidentes Roosevelt da história dos Estados Unidos, Theodore (1901-09) e Franklin Delano (1933-45), tinham um grau de parentesco extremamente afastado. Não fosse o exotismo do apelido (de origem holandesa) e a relação entre eles teria sido naturalmente interpretada como mais uma mera coincidência de nomes como o caso de Andrew (1865-69) e Lyndon (1963-69) Johnson.
De facto, o mais recente ancestral comum aos dois presidentes foi Nicholas Roosevelt, que se presume ter sido uma daquelas rijas figuras patriarcais que viveu até aos 84 anos (1658 -1742). Pertencendo as duas famílias ao mesmo meio social e vivendo no mesmo estado (Nova Iorque) também não é surpreendente que Franklin Roosevelt tivesse casado com Eleanor Roosevelt. Mas era um casamento que não levantava problemas de consanguinidade…
Tudo isto não passa de uma daquelas curiosidades anódinas que poderia dar num poste num dia qualquer (foi hoje…), não se tivesse dado a circunstância de me ter posto a ler um texto de Rui Tavares (autor de textos que normalmente leio com atenção) publicado no Ma-schamba e intitulado Roosevelt contra Roosevelt, a propósito das suas considerações a respeito das próximas eleições presidenciais norte-americanas onde o autor se socorre de alguns precedentes históricos e escreve, a certa altura:
Mas não é de um Theodore Roosevelt que os americanos precisam agora. De quem eles precisam é de um Franklin Delano Roosevelt, seu sobrinho, o democrata que foi presidente quatro vezes depois da Grande Depressão.
Eu não sei onde Rui Tavares terá ido buscar a ideia que Theodore era tio de Franklin... Já foi época em que verificações de factos como estes implicavam demoradas e aborrecidas visitas a bibliotecas. Hoje estão à distância de alguns cliques… Para quem se reclama historiador, é tão pouco desculpável este erro grosseiro, numa atitude tanto se lhe dá como se lhe deu, que não consigo deixar de considerar que contamina depois a credibilidade e a seriedade do resto do texto. Espero bem que o erro tenha sido excepcional.
Tudo isto não passa de uma daquelas curiosidades anódinas que poderia dar num poste num dia qualquer (foi hoje…), não se tivesse dado a circunstância de me ter posto a ler um texto de Rui Tavares (autor de textos que normalmente leio com atenção) publicado no Ma-schamba e intitulado Roosevelt contra Roosevelt, a propósito das suas considerações a respeito das próximas eleições presidenciais norte-americanas onde o autor se socorre de alguns precedentes históricos e escreve, a certa altura:
Mas não é de um Theodore Roosevelt que os americanos precisam agora. De quem eles precisam é de um Franklin Delano Roosevelt, seu sobrinho, o democrata que foi presidente quatro vezes depois da Grande Depressão.
Eu não sei onde Rui Tavares terá ido buscar a ideia que Theodore era tio de Franklin... Já foi época em que verificações de factos como estes implicavam demoradas e aborrecidas visitas a bibliotecas. Hoje estão à distância de alguns cliques… Para quem se reclama historiador, é tão pouco desculpável este erro grosseiro, numa atitude tanto se lhe dá como se lhe deu, que não consigo deixar de considerar que contamina depois a credibilidade e a seriedade do resto do texto. Espero bem que o erro tenha sido excepcional.
Afastado mas primo:
ResponderEliminar«Following the example of his fifth cousin, President Theodore Roosevelt, whom he greatly admired, Franklin D. Roosevelt entered public service through politics, but as a Democrat».
http://www.whitehouse.gov/history/presidents/fr32.html
É totalmente compreensível que, dada a coincidência dos apelidos, Franklin se tivesse aproveitado da boa reputação deixada por Theodore para a sua carreira política.
ResponderEliminarOutra coisa é o conceito de primo afastado... Orientando-me por mim, deixe-me perguntar-lhe: com quantos primos o João Villalobos se dá em que se dê o caso do vosso ancestral comum ter nascido em meados do Século XVII?
No caso de ter respondido positivamente à pergunta anterior, deixe-me colocar-lhe outra: Como é que organizam a vossa Consoada de Natal? Alugam um Hotel?
:)
Eu cá não sou exemplo. Nem com os primos direitos partilho o Natal :)
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