A Última Valsa foi um disco (houve também um filme) de meados da década de 70 que foi responsável por me fazer saber que havia um conjunto americano chamado The Band. Não os conhecia, mas também não fiquei (e também vi o filme) com vontade de os conhecer – quem é que disse que esta distinção cultural entre europeus e americanos data da era de Bush Júnior?
Apreciei e continuo a apreciar contudo, a encenação que puseram na dissolução do seu grupo, precisamente ao contrário das peixeiradas que ocorriam frequentemente no seio dos grupos de rock daquela época. Se para alguma coisa serviu todo aquele inesperado civismo, pelo menos fiquei a saber, como já disse no princípio, que havia os The Band.
Também gostava de estar a descobrir agora que existia um presidente chamado Jorge Sampaio. O lançar recente de um livro com os seus famosos discursos, a que anda a adicionar um remate de comentários auto-congratulatórios e de apelos semi-ocultos ao voto em Manuel Alegre, directa (usando a metáfora do quadrado) ou indirectamente (criticando o cenário de uma eventual terceira candidatura sua), mais não passam do que os episódios finais de um trajecto que a história virá a julgar. Mas parece significativo, para já, que esses comentários pareçam estar a passar despercebidos na comunicação social.
Actualmente ainda se está subjugado às impressões mais recentes, recolhidas na sequência do esboroamento do governo de Guterres, seguido da evasão de Barroso, para culminar no carnaval de Santana Lopes, tudo debaixo da tutela omnipresente de um presidente que multiplicou, inflacionou e desvalorizou os apelos que foram dirigidos a quem se mostrou completamente desinteressado em os ouvir.
A história mostra-se, por vezes, extremamente cruel ao analisar os factos desprezando as circunstâncias atenuantes, ou então, ainda pior, remetendo o aspirante a protagonista para a gaveta do esquecimento. Seria terrível para o próprio, por exemplo, vir a considerar Sampaio como uma espécie de Carmona do virar do milénio, praticamente irrelevante para a sequência dos acontecimentos na sociedade a que alegadamente presidia.
Mas seja qual for o julgamento da história, para esse julgamento pouco contam as manifestações um pouco folclóricas de auto satisfação, mesmo que sejam com a ajuda de terceiros (Marcelo Rebelo de Sousa) que, no caso concreto, bem podem penalizar mais o ajudante do que beneficiar o ajudado. Que seria de esperar da opinião de Sampaio sobre a actuação de Sampaio como presidente?
Faz-me lembrar um amigo meu a quem, numa carreira de tiro, se puseram a perguntar em que zona do alvo é que ele achava que estavam a acertar os seus tiros:
- Bom, quando os disparo e saem daqui vão todos dirigidos à mouche…
Apreciei e continuo a apreciar contudo, a encenação que puseram na dissolução do seu grupo, precisamente ao contrário das peixeiradas que ocorriam frequentemente no seio dos grupos de rock daquela época. Se para alguma coisa serviu todo aquele inesperado civismo, pelo menos fiquei a saber, como já disse no princípio, que havia os The Band.
Também gostava de estar a descobrir agora que existia um presidente chamado Jorge Sampaio. O lançar recente de um livro com os seus famosos discursos, a que anda a adicionar um remate de comentários auto-congratulatórios e de apelos semi-ocultos ao voto em Manuel Alegre, directa (usando a metáfora do quadrado) ou indirectamente (criticando o cenário de uma eventual terceira candidatura sua), mais não passam do que os episódios finais de um trajecto que a história virá a julgar. Mas parece significativo, para já, que esses comentários pareçam estar a passar despercebidos na comunicação social.
Actualmente ainda se está subjugado às impressões mais recentes, recolhidas na sequência do esboroamento do governo de Guterres, seguido da evasão de Barroso, para culminar no carnaval de Santana Lopes, tudo debaixo da tutela omnipresente de um presidente que multiplicou, inflacionou e desvalorizou os apelos que foram dirigidos a quem se mostrou completamente desinteressado em os ouvir.
A história mostra-se, por vezes, extremamente cruel ao analisar os factos desprezando as circunstâncias atenuantes, ou então, ainda pior, remetendo o aspirante a protagonista para a gaveta do esquecimento. Seria terrível para o próprio, por exemplo, vir a considerar Sampaio como uma espécie de Carmona do virar do milénio, praticamente irrelevante para a sequência dos acontecimentos na sociedade a que alegadamente presidia.
Mas seja qual for o julgamento da história, para esse julgamento pouco contam as manifestações um pouco folclóricas de auto satisfação, mesmo que sejam com a ajuda de terceiros (Marcelo Rebelo de Sousa) que, no caso concreto, bem podem penalizar mais o ajudante do que beneficiar o ajudado. Que seria de esperar da opinião de Sampaio sobre a actuação de Sampaio como presidente?
Faz-me lembrar um amigo meu a quem, numa carreira de tiro, se puseram a perguntar em que zona do alvo é que ele achava que estavam a acertar os seus tiros:
- Bom, quando os disparo e saem daqui vão todos dirigidos à mouche…
Sem comentários:
Enviar um comentário