Confessar que não gosto particularmente de Jorge Coelho é uma forma benigna de formular a minha opinião acerca dele. Por honestidade, devo também reconhecer que Coelho é capaz de não ter culpa de muito daquilo que não gosto nele.
Sendo alguém que reconhecidamente ascendeu, é todo o nosso sistema lusitano de meritocracia que se pode pôr em causa quando damos o destaque que damos a alguém como Coelho que configura o esperto, o intuitivo das palmadas nas costas e das teias de amigos, do discurso redondo repleto de adjectivos mas vazio de conteúdo.
A falta é colectivamente nossa ao valorizá-lo porque estamos a exigir objectivamente pouco a quem passa por deter tanta capacidade de influência na nossa sociedade. Depois não se estranhe que a única barreira séria de avaliação de carácter pareça ser a ascensão ao cargo de primeiro-ministro, como aconteceu recentemente com Santana Lopes…
Não parece, mas é para elogiar Coelho e o seu instinto que falo dele. Instinto que já lhe serviu para sair galhardamente do edifício rangente do governo de Guterres, antes de ele entrar em colapso, como a ponte de Entre-os-Rios, a causa imediata da justificação de Jorge Coelho.
Para trás ficaram, entre outros, assuntos como um túnel inundado na Praça do Comércio (que penso ainda lá estar – para banhos presume-se) ou o fiasco de uma fusão da TAP com a Swissair (que entretanto faliu - cuja indemnização convém esperarmos sentados), mas isso agora não interessa nada.
É capaz de ter sido o instinto de Coelho, que o tem posto a bom recato de problemas futuros, que o levou a anunciar recentemente que vai abandonar os cargos de maior responsabilidade que detém dentro do PS, logo depois das eleições presidenciais. Depois do fiasco das autárquicas, este parece ser um sintoma do que verdadeiramente se pensa, dentro do PS, acerca do desfecho das próximas eleições de Janeiro.
Nunca fui grande adepto de elaboradas teorias da conspiração, mas se fosse amolador e afiasse facas, nos próximos tempos ia passear o meu apito lá para as bandas do Largo do Rato…
Sendo alguém que reconhecidamente ascendeu, é todo o nosso sistema lusitano de meritocracia que se pode pôr em causa quando damos o destaque que damos a alguém como Coelho que configura o esperto, o intuitivo das palmadas nas costas e das teias de amigos, do discurso redondo repleto de adjectivos mas vazio de conteúdo.
A falta é colectivamente nossa ao valorizá-lo porque estamos a exigir objectivamente pouco a quem passa por deter tanta capacidade de influência na nossa sociedade. Depois não se estranhe que a única barreira séria de avaliação de carácter pareça ser a ascensão ao cargo de primeiro-ministro, como aconteceu recentemente com Santana Lopes…
Não parece, mas é para elogiar Coelho e o seu instinto que falo dele. Instinto que já lhe serviu para sair galhardamente do edifício rangente do governo de Guterres, antes de ele entrar em colapso, como a ponte de Entre-os-Rios, a causa imediata da justificação de Jorge Coelho.
Para trás ficaram, entre outros, assuntos como um túnel inundado na Praça do Comércio (que penso ainda lá estar – para banhos presume-se) ou o fiasco de uma fusão da TAP com a Swissair (que entretanto faliu - cuja indemnização convém esperarmos sentados), mas isso agora não interessa nada.
É capaz de ter sido o instinto de Coelho, que o tem posto a bom recato de problemas futuros, que o levou a anunciar recentemente que vai abandonar os cargos de maior responsabilidade que detém dentro do PS, logo depois das eleições presidenciais. Depois do fiasco das autárquicas, este parece ser um sintoma do que verdadeiramente se pensa, dentro do PS, acerca do desfecho das próximas eleições de Janeiro.
Nunca fui grande adepto de elaboradas teorias da conspiração, mas se fosse amolador e afiasse facas, nos próximos tempos ia passear o meu apito lá para as bandas do Largo do Rato…
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