Houve uma vez em que Vasco Pulido Valente (VPV ou PH3 para os amigos) decidiu fazer-se à política. Nem imagino porquê. Talvez o interruptor da clarividência com que nos brinda nos artigos do Público nos três dias do fim-de-semana estivesse no off. Isso ou a amizade por, e a ingenuidade de, Fernando Nogueira.
O que interessa é que houve uma oportunidade ímpar de ver o bacano do VPV num debate televisivo, contracenando com José Magalhães. Mesmo no estilo do cometa de Halley, só uma vez na vida. Se tivesse sido um combate de boxe, tinha acabado logo no primeiro assalto, por desclassificação de um dos concorrentes para sua própria segurança.
Magalhães, um ratão experimentado da conversa (sobretudo da desconversa) feita de efeitos especiais, atira a VPV, logo aos 4 minutos de jogo uma pergunta: sabe quanto é o ordenado mínimo nacional? VPV, que, evidentemente, da resposta não sabia, não queria saber e mais o resto, embelezou a cena com uma tal careta de repugnância (presumivelmente quando imaginou alguém que, tipicamente, aufere o salário mínimo) que suicidou ali mesmo o debate.
Depois disso, nunca mais consegui levar o VPV a sério, mas só com a crónica dele de hoje, no Público, onde pretende desculpabilizar os plágios de Clara Pinto Correia, porque vivemos numa terra onde toda a gente plagia (sic) – ele também incluído, suponho – consegui atingir um novo ponto alto na compreensão do seu contributo para a sociedade portuguesa contemporânea.
Confesso que só hoje atingi, na plenitude, toda a comicidade oculta dos seus textos. VPV é uma espécie de Buster Keaton da caneta. E deve ser por isso, só agora me apercebi, que as suas crónicas saem na mesma página do Calvin & Hobbes.
O que interessa é que houve uma oportunidade ímpar de ver o bacano do VPV num debate televisivo, contracenando com José Magalhães. Mesmo no estilo do cometa de Halley, só uma vez na vida. Se tivesse sido um combate de boxe, tinha acabado logo no primeiro assalto, por desclassificação de um dos concorrentes para sua própria segurança.
Magalhães, um ratão experimentado da conversa (sobretudo da desconversa) feita de efeitos especiais, atira a VPV, logo aos 4 minutos de jogo uma pergunta: sabe quanto é o ordenado mínimo nacional? VPV, que, evidentemente, da resposta não sabia, não queria saber e mais o resto, embelezou a cena com uma tal careta de repugnância (presumivelmente quando imaginou alguém que, tipicamente, aufere o salário mínimo) que suicidou ali mesmo o debate.
Depois disso, nunca mais consegui levar o VPV a sério, mas só com a crónica dele de hoje, no Público, onde pretende desculpabilizar os plágios de Clara Pinto Correia, porque vivemos numa terra onde toda a gente plagia (sic) – ele também incluído, suponho – consegui atingir um novo ponto alto na compreensão do seu contributo para a sociedade portuguesa contemporânea.
Confesso que só hoje atingi, na plenitude, toda a comicidade oculta dos seus textos. VPV é uma espécie de Buster Keaton da caneta. E deve ser por isso, só agora me apercebi, que as suas crónicas saem na mesma página do Calvin & Hobbes.
Acontece frequentemente que eu até posso concordar com o que VPV escreve.
ResponderEliminarTenho é as mais profundas dúvidas é se as suas opiniões nascem de uma estrutura de raciocínio ou se são habilidades argumentativas de alguém que se acha com jeito para escrever e argumentar.
Eu gosto de originalidades, gosto de pessoas com raciocínios originais, mas começo a desconfiar que há algo de pedantismo quando alguém (VPV) faz da originalidade algo de compulsório uma espécie de "trade mark".