É bem verdade que Cavaco Silva nunca teve jeito para as aparições televisivas, mas constato que também Soares já teve dias melhores. Onde anda a bonomia de avozinho?
É sempre crispada a sua aproximação aos jornalistas, como um avozinho sim, mas daqueles rabugentos que censuram tudo e todos à sua volta e que só se aturam quando e porque são ricos. Longe vão os tempos do Oh sôr guarda, desapareça!!! surpreender pela novidade que a atitude trazia à imagem do presidente, naquela altura. O guarda já pode ter desaparecido mas as descascas às perguntas que os jornalistas colocam sucedem-se com uma regularidade impressionante.
As perguntas até podem ser as mesmas de antigamente, Soares é que parece estar a perder-lhe o jeito. Ainda recentemente, no debate com Louçã, ao ser questionado sobre as suas interferências na vida interna do PS (uma pergunta que o Soares tradicional estava habituado a comer ao pequeno almoço), formulou a resposta de uma forma tal – há vinte anos que não ocupa cargos dentro do partido – que ela áté poderia ser aproveitada por um qualquer Corleone numa comissão senatorial de inquérito ao crime organizado.
É que os Corleones, formal e normalmente, também só eram donos de uma mísera padaria em Nova Iorque. Uns pacatos cidadãos. Porque é que o Senado tentava atribuír-lhes assim tanto poder?
É sempre crispada a sua aproximação aos jornalistas, como um avozinho sim, mas daqueles rabugentos que censuram tudo e todos à sua volta e que só se aturam quando e porque são ricos. Longe vão os tempos do Oh sôr guarda, desapareça!!! surpreender pela novidade que a atitude trazia à imagem do presidente, naquela altura. O guarda já pode ter desaparecido mas as descascas às perguntas que os jornalistas colocam sucedem-se com uma regularidade impressionante.
As perguntas até podem ser as mesmas de antigamente, Soares é que parece estar a perder-lhe o jeito. Ainda recentemente, no debate com Louçã, ao ser questionado sobre as suas interferências na vida interna do PS (uma pergunta que o Soares tradicional estava habituado a comer ao pequeno almoço), formulou a resposta de uma forma tal – há vinte anos que não ocupa cargos dentro do partido – que ela áté poderia ser aproveitada por um qualquer Corleone numa comissão senatorial de inquérito ao crime organizado.
É que os Corleones, formal e normalmente, também só eram donos de uma mísera padaria em Nova Iorque. Uns pacatos cidadãos. Porque é que o Senado tentava atribuír-lhes assim tanto poder?
Excelente!
ResponderEliminarNoutra perspectiva, a Helena Matos, no "Público" de hoje, fala do "desamor" que aconteceu entre os eleitores e Mário Soares.
O "Padrinho" está velho, perdeu o jeito. Quem será o sucessor?
Também deve ser uma parte da explicação: os nossos olhos e ouvidos também mudaram...
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