08 novembro 2005

QUANDO O ENTREVISTADOR TAMBÉM ACHA...

Ao assistir ontem à entrevista a Manuel Alegre na TVI, relembrei-me porque é que há bons entrevistadores e há os outros, que aproveitam a oportunidade de estar ali com uma pessoa, conhecida ou não, para dizerem de sua justiça. Já se deve ter percebido que Constança Cunha e Sá, ontem e muito frequentemente, pertence a esse segundo lote. Terá sido por isso que nem perdi tempo a prestar atenção ao que a boa da Constança acha do Jerónimo de Sousa e do Francisco Louçã.

Mas com os outros candidatos, talvez nos intervalos das apreciações da entrevistadora e enquanto a audiência fiel em peso daquele canal aproveita para fazer outras coisas, talvez se pudesse ver qualquer coisa interessante... Nah! É que, para além de uma indispensável boa preparação da entrevista, a Constança também já aderiu à escola que Judite de Sousa pratica na RTP: o script e a ordem das perguntas são para respeitar mesmo que o entrevistado disser algo de potencialmente bombástico!

Ontem funcionou ao contrário. A Constança achou que tinha uma pergunta muito boa a propósito de umas declarações da porta-voz da campanha de Alegre (Inês Pedrosa) a propósito de uma sondagem e até vinha equipada de uma parafernália de jornais que as comprovavam. À primeira Alegre não respondeu, à segunda deu-lhe o remoque que ela o estava a entrevistar a ele e não à porta-voz, à terceira, ao ver o jornal e a sondagem enquadrou as declarações num outro entendimento que a Constança não lhe tinha dado.

Julgam que a Constança deu a mão à palmatória pela sua própria obtusidade? Nah! Por isso arrisco dizer que ela nem precisa de que alguém lhe diga que não é nenhuma especialidade - é que alguém já lhe pode ter dito e ela nem prestou atenção...

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