Ao longo de todos estes anos em que tenho escrito este blogue algumas pessoas me têm perguntado porque elegi a figura do Fozzie Bear para representar a minha imagem nestes meios. Num caso, mais do que questionado, até cheguei a ser insultado por me esconder anonimamente por detrás dele, do Fozi (assim nesta ortografia na acusação original). E em todos estes anos tenho-o mantido sem ter uma resposta precisa. Recordando as aparições originais do boneco nos Marretas (acima), as suas aparições eram tão desastradas e tão sem piada que me faziam desatar a rir. Seria um estilo de humor de vanguarda, que no Colégio Militar adquirira a qualificação de infelicidade – uma piada que adquirira qualidade e até fazia rir de tão desastrada. No mesmo estilo sofisticado, conheço quem ainda hoje reaja assim, rindo-se, das actuações mais infelizes do presidente Cavaco Silva, que se tendem a multiplicar - será da idade? Mas o fenómeno permanece inexplicável para mim: o que nos faz rir? Não sei. Fozzie consegue-o comigo. Wacka, wacka. Aos desempenhos actuais de Bruno Nogueira (no panorama nacional) ou de Jim Carrey (no internacional), por exemplo, considero-os com tanta falta de piada básica quanto os do Fozzie, mas deixam-me indiferente. O Bruno ainda se pode perceber, porque ele não abana as orelhas a assinalar a punchline como Fozzie fazia, mas Carrey até costuma fazer umas caretas adicionais com aquele mesmo objectivo e o resultado, sendo uma desgraça, é uma desgraça sem graça.
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