Já de há muitos anos (27, para ser preciso), muito antes de se tornar mundialmente famoso como Dr. House, Hugh Laurie tem este sketch contracenando com Stephen Fry, onde o tema é a privatização da polícia. Laurie regressa de férias, descobre que haviam roubado o seu carro e foi à esquadra para apresentar queixa, ignorando que entretanto a polícia fora privatizada. Quem o recebe é muito mais simpático do que acontecia tradicionalmente, mas aquilo que se sucede depois deixa bastante a desejar: oferecem-lhe uma bebida, mas não há o chá que pediu. A linha telefónica que usara antes mandara-o para um atendedor automático que só lhe dava música. Quando explica o seu problema recebe uma brochura na volta, explicando as três categorias de serviços de recuperação de automóveis furtados – super, adorável e espectacular. Este último é obviamente o mais caro, mas, como lhe explica pacientemente o polícia de turno, para além do maior número de efectivos atribuídos às investigações, inclui a (hipotética) lavagem e enceramento da viatura depois de recuperada! A personagem de Laurie não sabia mas já não estava numa esquadra de polícia: tornara-se uma delegação da nova empresa intitulada Lei Britânica, SARL. O resto do sketch é engraçado mas já não é fundamental para perceber qual o sentido da sátira. Embora datada do período Thatcher, vem muito a propósito dos fundamentalismos privatizadores que observei por aí, agora a respeito da TAP.
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