09 dezembro 2014

ANIVERSÁRIOS COM MUITAS VELAS EM CIMA DO BOLO

Confesso que, depois desta capa no Público a 7 de Dezembro último, criei a antecipada expectativa de como virá a ser a capa do mesmo jornal no próximo dia 25 de Janeiro de 2015. Reconheça-se que completar oitenta anos (como então acontecerá com Eanes) não será o mesmo que perfazer noventa, mas poderá ser mesmo assim pretexto para uma bela ocasião festiva com muitos depoimentos, afinal trata-se de um bonito rol como o qualificou Guerra Junqueiro num famoso poema e relembre-se, porque também virá a propósito, que também um outro octogésimo aniversário foi pretexto para um testemunho público através da publicação na imprensa de uma simpática carta de parabéns, hoje famosa, escrita pelo supracitado Mário Soares e dirigida a Álvaro Cunhal (em Novembro de 1993).
Há quem pretenda sugerir, confrontando as opções editoriais do Público com as dos jornais da concorrência desse mesmo dia, que existirá alguma parcialidade do jornal e do seu dono, Belmiro de Azevedo, para com Soares, com o clã que o rodeia e para com tudo aquilo que ele representa; que os outros ex-presidentes representarão outros clãs distintos (ou então não representarão mais coisa nenhuma a não ser os próprios) em que não valerá a pena Belmiro investir. É da mais elementar justiça reconhecer quanto essa tese pode ser maliciosa e constatar o carinho equivalente como o Público costuma acompanhar todas as iniciativas que homenageiam ex-presidentes: compare-se o destaque de primeira página dado à homenagem a Eanes em 25 de Novembro de 2013...

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