Quando se noticia que, desta vez, desapareceram dez atletas da delegação congolesa presente nos sétimos Jogos da Francofonia disputados em Nice, percebe-se como estes acontecimentos já perderam a importância e o condimento de outros tempos, quando as delegações dos países ditos socialistas eram severamente vigiadas e, como dizia a anedota, quando na ausência dessa vigilância, as orquestras sinfónicas soviéticas regressavam à Pátria como quartetos de cordas depois de uma digressão no Ocidente. Mas é vendo a indiferença, acompanhada de alguma compaixão, como agora são tratadas estas deserções que nos apercebemos que o escarnecimento como se apreciavam então aqueles episódios da guerra-fria assentava, não no factor humano em si, mas no ridículo de quem argumentava ideologicamente como os fugitivos viviam numa sociedade muito melhor do que aquela para onde fugiam…
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