03 fevereiro 2019

REFLEXÕES SOBRE FRASES CÉLEBRES LHANAS

Mesmo que Luís Montenegro tenha hipotecado as suas hipóteses de ascender no PSD com este seu desafio recente (e francamente prematuro) ao presidente em funções Rui Rio, creio que ele já havia conquistado o seu direito à notoriedade intelectual neste ciclo político por causa de uma frase sua de há cinco anos, pretendendo que a melhoria do país era uma realidade paralela à de quem nele vive - A vida das pessoas não está melhor mas o país está muito melhor. Nestes cinco anos o seu autor foi - merecidamente - gozado, mas sem que as críticas produzissem uma resposta simetricamente lhana que a refutasse, encaixando-se perfeitamente na sofisticação do debate político. Demorou cinco anos, mas encontrei hoje, e no jornal El País, na opinião de um senhor chamado Joaquín Estefanía (que nem sei quem é) aquilo que considero a mais feliz antítese à famosa tese montenegrina de 2014: Uma das razões pelas quais a gente percebe que está pior, ainda que o PIB cresça, é porque está pior. Não é elaborado, mas não foi de elaboração que andei à espera cinco anos...

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