16 fevereiro 2019

A MORTE DE MARK SYKES DO ACORDO SYKES-PICOT

16 de Fevereiro de 1919. Morria Sir Tatton Benvenuto Mark Sykes (acima, à esquerda), 6º baronete do título, político conservador discreto, que alcançara a patente de coronel durante a Guerra que acabara de terminar. Considerado especialista em assuntos orientais, mas ainda desconhecido à data da sua morte, o nome de Mark Sykes, (conjuntamente com o do francês François Georges-Picot - à direita), vai ganhar gradual relevância histórica e política à medida que os anos passarão, por causa do acordo que ambos haviam negociado em 1916, em que dividiam as esferas de influência britânica e francesa no Médio Oriente, numa configuração que irá definir até hoje as fronteiras internacionais naquela região (abaixo). Mas a razão para evocar a sua morte há cem anos é muito mais pueril do que as convulsões da Grande Estratégia. Mark Sykes encontrava-se então em Paris, fazendo parte da equipa de negociadores britânicos para a Conferência de Paz que ali decorria. Tinha então apenas 39 anos e morreu vítima da Gripe Espanhola, que continuava a ceifar tão discreta quanto metodicamente milhares de vidas todos os dias*, como que complementando as desgraças do conflito que terminara. No caso de Mark Sykes, que já era tenente-coronel, comandante do 5º batalhão dos Green Howards em 1914, acrescia o remate irónico que, por causa das suas conexões, ele conseguira passar os quatro anos da Grande Guerra sem ter exercido, uma vez que fosse, o comando de tropas nas trincheiras...
* Este gráfico mostra uma evidente ressurgência dos casos mortais entre os pacientes londrinos em Fevereiro de 1919.

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