05 dezembro 2017

«DIE SCHLACHT BEI LEUTHEN»


5 de Dezembro de 1757. Dia em que se travou a Batalha de Leuthen, quando se enfrentaram os 36.000 prussianos, que eram comandados pelo seu próprio rei Frederico II (1712-1786), com os 66.000 austríacos comandados pelo príncipe Carlos Alexandre de Lorena (1712-1780), o cunhado da imperatriz Maria Teresa de Habsburgo (1717-1780). Apesar da significativa inferioridade numérica, o desfecho foi favorável aos prussianos, mas não é isso que me interessa hoje invocar. Os territórios, onde mais de 100.000 combatentes daqueles dois exércitos de cariz indiscutivelmente germânico se defrontaram há 260 anos, numa província - a Silésia - cuja posse os dois países disputavam por a considerarem inquestionavelmente germânica, esses terrenos, escrevia, pertencem actualmente (foto abaixo) à aldeia de Lutynią, distrito de Miękinia, condado de Środa Śląska, ou seja, constate-se toda a toponímia de ressonâncias indisputavelmente eslavas (no caso polacas), que é a consequência da deslocações de fronteiras e das transferências de populações que ocorreu no final da Segunda Guerra Mundial, à custa da Alemanha e das populações alemãs. Die Schlacht bei Leuthen poderá ter ainda hoje um grande significado noutras paragens mas, descontando os benefícios turísticos, Bitwa pod Lutynią terá significado discreto para os cerca de 1.100 residentes actuais no local onde ela se travou. Há quem considere, como eu, que isso ainda se pode tornar no futuro num problema da Europa. Há quem deseje, mais do que considerar, que não, que os alemães agora são gente pacífica. E há uma ampla maioria de europeus que nem sabe que a questão existe.

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