Retirado da edição de um vespertino lisboeta de há 75 anos pode ler-se na sua íntegra esta interessante notícia que levanta a questão da dispensa de pagamento das taxas relativas aos auto-rádios dos automóveis particulares que haviam cessado de circular por causa da escassez de combustível devida à guerra (Segunda Guerra Mundial). Muito embora a imobilização das viaturas automóveis particulares fosse significativa, não nos podemos esquecer quanto o parque automóvel de então (1942) era escassíssimo e muito menos seriam os automóveis equipados de auto-rádio, que era considerado um equipamento de um luxo verdadeiramente superlativo (recorde-se que os rádios caseiros do tempo da guerra eram de válvulas e que os transístores só vieram a ser descobertos em 1947). E no entanto, ontem como hoje, essa escassíssima minoria de proprietários de automóveis ultra-luxuosos conseguia constituir um lóbi que conseguia construir na imprensa uma importância desmesurada ao seu problema específico .
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