02 abril 2011

O HOMEM

Publicada originalmente em 1964, O Homem é uma novela de antecipação do norte-americano Irving Wallace, cujo argumento assenta na assunção pela primeira vez do cargo de Presidente dos Estados Unidos por um afro-americano e nas consequências disso. Alguns anos mais tarde, em 1972, a história serviu de base a um filme homónimo (abaixo) em que o papel principal foi desempenhado pelo actor James Earl Jones. Se, numa outra novela de antecipação contemporânea e similar de que já aqui falei, As Sandálias do Pescador, mediaram 15 anos entre a publicação do livro (1963) e a concretização do acontecimento inusitado do argumento (1978 – a eleição de um Papa oriundo da Europa de Leste), O Homem demorou quase o triplo disso (44 anos) a passar da ficção para a realidade com a eleição presidencial de Barack Obama em 2008.

5 comentários:

  1. Irving Wallace foi um dos escritores da minha juventaude responsável, juntamente com Leon Uris, Erich Maria Remark, Hans Hellmut Kirst, Sven Hassel e outros, pela criação de hábitos de leitura que depois me levaram a outros voos.
    Não sendo grandes escritores tinham a competência de escrever histórias romanceadas enquandradas por factos veridicos que, numa altura de difícil acesso á informação, não havia net e estavamos antes do 25, nos forneciam informação preciosa (salvaguardando os excessos judaicos e patrióticos de Uris).
    Quem quiser conhecer conhecer os meandros do Prémio Nobel não tem mais que ler o Prémio que mais tarde foi consagrado em filme, com Paul Newman, Elke Sommer e Edward G. Robinson ( o guionista foi o mesmo de North by Northwest de Hitchcock).
    Quem quiser saber da saga dos marines no pacífico, basta ler Grito de Batalha, ou sobre o Gueto de Varsóvia leia-se Mila 18, a construção do muro e divisão de setores de Berlim, consulte-se/leia-se Armaggedon e, a cereja no topo do bolo, o sionismo e a construção do estado judaico indispensável o Exodus todos de Leon Uris.
    O drama alemão na 2ª Guerra? A Oeste Nada de Novo e Fábrica de Oficiais de Kirst, a série 08/15 de Kirst.
    No entanto o livro que por essa altura mais me impressionou foi As Três Sereias de Wallace que, à altura da sua publicação foi um escandalo nos EUA.
    Um grupo de cientistas vai investigar uma tribo perdida algures numa ilha do pacífico de estrutura matriarcal...
    O resto só lendo.

    PS: Todos os livros citados foram editados pela Edições Europa-Amárica na colecção Século XX que deveria ser considerado verdadeiro serviço público.
    O primero livro em 1945? A Centelha da Vida de Erich Maria Remark

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  2. No comentário anterior atribuí a Kirst a autoria de A oeste Nada de Novo e Fábrica de Oficiáis, sendo que foram escritos por Remark.
    Pelo lapso peço desculpa.

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  3. Permita-me corrigir-lhe a correcção: o livro Fábrica de Oficiais é da autoria, como escreveu inicialmente, de Hans Hellmut Kirst.

    A Oeste Nada de Novo é, como escreveu depois na correcção, da autoria de Erich Maria Remarque. Sempre vi escrito Remarque. E a acção deste último livro decorre durante a Primeira Guerra Mundial, não durante a Segunda como escreveu inicialmente.

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  4. Tem toda a razão quanto à sua correcção que agradeço.
    Em relação ao nome também sempre vi escrito Remarque.
    Fiz, no entanto, alguma pesquisa e, de acordo com a Wikipédia, parece que o homem nasceu Erich Paul Remark em Osnabruck em 1898, mudando mais tarde de Paul para Maria em homenagem à mãe.
    No dizer do mesmo texto os nazis fizeram correr a versão que o seu verdadeiro nome era Kramer (Remark ao contrário) e vale o que vale.
    Daí a minha opção pelo Remark que me soa bem mais alemão que Remarque.
    Cumprimentos.

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  5. Se me permite a opinião, eu não me preocuparia em germanizar os apelidos quando a História alemã conta com nomes destacados como os do Chanceler Leo von Caprivi, dos Generais Hermann von François ou Erich von Lewinski von Manstein ou Johannes Blaskowitz.

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