Já aqui falei mais do que por uma vez do tema e da Guerra, mas ela continua a ser muito menos comentada e analisada que a do Afeganistão – lembremo-nos da publicidade a esta última durante esta recente Cimeira da NATO em Lisboa… Contudo, a Guerra das Favelas do Rio de Janeiro é um exemplo tão ou mais flagrante quanto a outra daquilo para onde evoluíram as guerras subversivas típica do Século XXI. No seu episódio mais recente, forças governamentais da polícia e do exército brasileiro, envolvendo efectivos superiores a um batalhão, precedidas de blindados e com apoio aéreo invadiram a Vila Cruzeiro, que é uma das favelas mais subvertidas do Rio de Janeiro.
O vídeo acima, que foi feito a partir de um helicóptero da TV Globo que acompanhava em directo o assalto das forças governamentais à favela demonstra-nos uma das facetas mais peculiares das batalhas destas novas guerras: o público acompanha-a ao mesmo tempo e provavelmente com meios de observação semelhantes aos que o comandante das forças atacantes dispõem... No caso deste vídeo, observa-se um reagrupamento e uma retirada escalonada dos traficantes atacados (que um veterano esclarecido da nossa Guerra na Guiné poderia estimar num efectivo de cerca de dois bigrupos), enquanto o repórter faz considerações sobre as tácticas – literalmente – empregues...
Não sei se o repórter está a ver bem o filme que a coisa até nem se perceberá muito bem quando vista cá de cima, mas a ocasião não é de fazer de conta, no jeito de um treinador de futebol de bancada. Aquilo que andará pelo ar que faz com que aqueles traficantes caminhem curvados são munições verdadeiras, daquelas que matam. E se o plano de operações se limitava a desalojá-los era porque não os queria cercar completamente de armas na mão, incentivando-os a resistir até ao fim... E como a opção de bombardear os traficantes com napalm, feito Coronel Kilgore (I love the smell of napalm in the morning¹) do Apocalypse Now (acima) não deve ter sido autorizada, restavam poucas mais hipóteses operacionais...
¹ Adoro o cheiro do napalm pela manhã.
O vídeo acima, que foi feito a partir de um helicóptero da TV Globo que acompanhava em directo o assalto das forças governamentais à favela demonstra-nos uma das facetas mais peculiares das batalhas destas novas guerras: o público acompanha-a ao mesmo tempo e provavelmente com meios de observação semelhantes aos que o comandante das forças atacantes dispõem... No caso deste vídeo, observa-se um reagrupamento e uma retirada escalonada dos traficantes atacados (que um veterano esclarecido da nossa Guerra na Guiné poderia estimar num efectivo de cerca de dois bigrupos), enquanto o repórter faz considerações sobre as tácticas – literalmente – empregues...
Não sei se o repórter está a ver bem o filme que a coisa até nem se perceberá muito bem quando vista cá de cima, mas a ocasião não é de fazer de conta, no jeito de um treinador de futebol de bancada. Aquilo que andará pelo ar que faz com que aqueles traficantes caminhem curvados são munições verdadeiras, daquelas que matam. E se o plano de operações se limitava a desalojá-los era porque não os queria cercar completamente de armas na mão, incentivando-os a resistir até ao fim... E como a opção de bombardear os traficantes com napalm, feito Coronel Kilgore (I love the smell of napalm in the morning¹) do Apocalypse Now (acima) não deve ter sido autorizada, restavam poucas mais hipóteses operacionais...
¹ Adoro o cheiro do napalm pela manhã.
Napalm seria exagero mas, há muitos anos (79/80) vi, na TV brasileira, a Polícia Militar em serviço no Rio, utilizar uma granada - defensiva - para neutralizar uns "rapazes" que tiveram o bom gosto de a receber com uma saraivada de tiros...
ResponderEliminarEscusado será dizer que a PM não precisou de disparar uma única bala!