O momento em que o dirigível Hindenburg se incendeia à chegada à América em Maio de 1937 tornou-se uma das fotografias inesquecíveis do Século XX. Mas não podemos descartar a hipótese que, para essa notoriedade, tenham contribuído interesses políticos e económicos, visto a aeronave ser alemã e ela aparecer na época como uma concorrente séria aos outros meios de transporte de passageiros, nomeadamente a aviação comercial.
Assim, as imagens impressionantes não costumam ser acompanhadas do esclarecimento que sobreviveram a maioria (62 das 97) pessoas que seguiam a bordo do Hindenburg, ao contrário do que acontecera com outros acidentes anteriores com dirigíveis, como foi o caso do norte-americano USS Akron em Abril de 1933 (apenas 3 sobreviventes em 76 pessoas a bordo) ou o britânico R-101 em Outubro de 1930 (8 sobreviventes em 56).
Mas o que parece ser importante nestes conflitos político-comerciais é mesmo a imagem, e hoje tivemos direito a mais uma interessante, a de um reactor rebentado de um Airbus A-380 da Qantas que teve de regressar a Singapura donde partira. Contudo, como eu já aqui referira num outro poste sobre aviação, poucas são os artigos entre milhares que destacam que o problema teve mais a ver com a Rolls Royce do que com a Airbus…
ADENDA (com um agradecimento especial ao Impaciente): Nem de propósito, no dia seguinte, precisamente nas mesmas circunstâncias do Airbus A-380 (depois de descolar de Singapura em direcção à Austrália), há um outro avião da mesma companhia (a australiana Qantas) que tem um problema com um dos motores e também é forçado a aterrar. Só que desta vez, tratando-se outra vez do mesmo construtor de motores (a Rolls-Royce), aconteceu com um produto do construtor aeronáutico rival da Airbus – um Boeing 747-400. Ele há cada coincidência… mas desta vez, para a guerra das imagens, ainda está a faltar a fotografia do motor escaqueirado.
Assim, as imagens impressionantes não costumam ser acompanhadas do esclarecimento que sobreviveram a maioria (62 das 97) pessoas que seguiam a bordo do Hindenburg, ao contrário do que acontecera com outros acidentes anteriores com dirigíveis, como foi o caso do norte-americano USS Akron em Abril de 1933 (apenas 3 sobreviventes em 76 pessoas a bordo) ou o britânico R-101 em Outubro de 1930 (8 sobreviventes em 56).
Mas o que parece ser importante nestes conflitos político-comerciais é mesmo a imagem, e hoje tivemos direito a mais uma interessante, a de um reactor rebentado de um Airbus A-380 da Qantas que teve de regressar a Singapura donde partira. Contudo, como eu já aqui referira num outro poste sobre aviação, poucas são os artigos entre milhares que destacam que o problema teve mais a ver com a Rolls Royce do que com a Airbus…
ADENDA (com um agradecimento especial ao Impaciente): Nem de propósito, no dia seguinte, precisamente nas mesmas circunstâncias do Airbus A-380 (depois de descolar de Singapura em direcção à Austrália), há um outro avião da mesma companhia (a australiana Qantas) que tem um problema com um dos motores e também é forçado a aterrar. Só que desta vez, tratando-se outra vez do mesmo construtor de motores (a Rolls-Royce), aconteceu com um produto do construtor aeronáutico rival da Airbus – um Boeing 747-400. Ele há cada coincidência… mas desta vez, para a guerra das imagens, ainda está a faltar a fotografia do motor escaqueirado.
Para compensar, hoje foi um B-747.
ResponderEliminarSerá um problema de MANUTENÇÃO, aquele PORMENOR que é cada vez mais descurado na ganância do lucro?
Embora o fabricante seja o mesmo, a Rolls-Royce, as primeiras conclusões apontam para um erro de desenho do motor, no caso do A-380, logo desmentido pela Rolls.
ResponderEliminarComo o B-747 utiliza estes motores há muito mais tempo, não sei qual será a conclusão...