Stanley Baldwin (1867-1947) estará longe de ser considerado
um dos mais notáveis Primeiros-Ministros da História do Reino Unido... Refira-se, por curiosidade, que Baldwin até desempenhou o cargo em três ocasiões distintas: de Maio de 1923 a Janeiro de 1924, de Novembro de 1924 a Junho de 1929 e, finalmente, de Junho de 1935 a Maio de 1937.

É ao período desta sua última passagem pelo cargo que estão associados os aspectos mais controversos da sua carreira política, fosse a
Crise provocada pela abdicação do rei Eduardo VIII fosse, sobretudo, a continuação das políticas britânicas de
apaziguamento à medida que
a política externa alemã se tornava progressivamente mais agressiva.

Ao contrário de Churchill, a História veio a tornar-se implacável para Baldwin pelas suas más opções nos momentos históricos. Mas são outros aspectos da sua carreira que quero aqui destacar nomeadamente a promoção da sua imagem, de que fazia parte o seu
inseparável cachimbo, então aproveitado pelos cartazes das campanhas eleitorais (acima).

Contudo, vigorassem os critérios exigentes da actualidade e a gestão da imagem de Baldwin certamente levantaria certamente dificuldades
acrescidas, e para o perceber basta apreciar-se
a fotogenia natural do casal Baldwin nomeadamente a que resultou concretamente da
operação fotográfica promovida em sua casa em pose em frente à lareira…

Porém, invisível à vista e
um pormenor esquecido, é o facto significativo de Stanley Baldwin ter doado 20% da sua fortuna pessoal em 1919 para contribuir para amortizar a dívida contraída pelo Reino Unido em consequência da Primeira Guerra Mundial… Esse gesto permanece uma incómoda referência para os
salvadores das pátrias de todas as épocas…
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