No dia 11 de Setembro de 2001, um jornalista (Thomas Hoepker) ao procurar apanhar uma panorâmica mais global dos acontecimentos nas Torres Gémeas de Nova Iorque, mudou-se para a outra margem, onde teve oportunidade de fazer a fotografia acima. À margem do tema principal do dia, veio a tornar-se uma das fotografias mais criticadas e controversas sobre a data, ao parecer mostrar-nos, num enquadramento bucólico de onde apenas o fumo que sai do World Trade Center está desajustado, cinco jovens que conversam entre si, parecendo alheios à tragédia que decorre do outro lado do rio.
Depois da fotografia ter sido publicada, um dos fotografados esclareceu que o tema da sua conversa era, obviamente, o significado daqueles atentados contra as torres gémeas, para onde, precisamente naquele instante, não estavam a olhar… Para além de expor as limitações a que a captação de uma imagem numa fracção de segundo nos pode conduzir e como isso nos pode induzir a deduções erradas, o autor desta fotografia teve a virtude de nos chamar a atenção para uma dos vícios constantes do jornalismo: a tendência do jornalista para transmitir aquilo que ele julga que querem dele…
Do dia 11 de Setembro de 2001 ficaram milhões de imagens, a maioria das quais das pessoas mais expansivas, expressando emoções, chorando ou horrorizando-se com o que viam ou então numa actividade frenética nos locais dos atentados – polícias, bombeiros, etc. Seria isso que o aparelho informativo achava que o público queria ver. Porém quantos milhões e milhões nos Estados Unidos e no resto do Mundo, muito provavelmente a esmagadora maioria de quem seguia os acontecimentos, não os seguiriam com a mesma sobriedade que mostram os cinco jovens da fotografia?...
Depois da fotografia ter sido publicada, um dos fotografados esclareceu que o tema da sua conversa era, obviamente, o significado daqueles atentados contra as torres gémeas, para onde, precisamente naquele instante, não estavam a olhar… Para além de expor as limitações a que a captação de uma imagem numa fracção de segundo nos pode conduzir e como isso nos pode induzir a deduções erradas, o autor desta fotografia teve a virtude de nos chamar a atenção para uma dos vícios constantes do jornalismo: a tendência do jornalista para transmitir aquilo que ele julga que querem dele…
Do dia 11 de Setembro de 2001 ficaram milhões de imagens, a maioria das quais das pessoas mais expansivas, expressando emoções, chorando ou horrorizando-se com o que viam ou então numa actividade frenética nos locais dos atentados – polícias, bombeiros, etc. Seria isso que o aparelho informativo achava que o público queria ver. Porém quantos milhões e milhões nos Estados Unidos e no resto do Mundo, muito provavelmente a esmagadora maioria de quem seguia os acontecimentos, não os seguiriam com a mesma sobriedade que mostram os cinco jovens da fotografia?...
Muito bem. Gosto destes seus olhares da "outra" margem onde os visitantes são cada vez mais raros.
ResponderEliminar[E eu que ando saturada de algumas algazarras... sopinha no mel!]
:)))
Excelente.
ResponderEliminarOh António,tem sempre uma nova
ResponderEliminarabordagem escondida na manga...
Excelente,como diz a Sofia.