Ontem tive ocasião de assistir ao programa do provedor do telespectador da RTP a respeito das queixas entretanto recebidas sobre o protagonismo desmesurado que foi dado por aquela estação a Carlos Cruz a pretexto da leitura das sentenças do Caso Casa Pia. A resposta a essas críticas, que foi dada pelo Director de Informação José Alberto Carvalho, assentou na mesma argumentação que também se pode ler na carta a ele atribuída que endereçou entretanto ao Provedor, Paquete de Oliveira, carta essa que pode ser lida aqui.
Nela, o Director de Informação da RTP reconhece que: (…) recordamos que procuramos ouvir sistematicamente diversos agentes envolvidos no processo - vítimas, advogados de acusação, magistrados judiciais e magistrados do Ministério Público, acrescentando que alguns intervenientes não quiseram, a título pessoal, ou não puderam, a título profissional, intervir no debate. Todavia, ele conclui que, mesmo assim, tal constatação não pode significar que a recusa de alguns leve ao silêncio de outros por si só.
Ou seja, nem por um momento José Alberto Carvalho terá posto a hipótese que a ausência forçada de algumas partes – para ele parece ser uma questão de silêncio v. barulho... – pudesse hipotecar significativamente a apresentação equilibrada do assunto em discussão e, como tal, nem terá pensado em adequar os seus calendários jornalísticos ao aparecimento da informação mais equilibrada – em concreto, depois da análise da sentença que tardava em sair… Se fosse entretenimento dir-se-ia: The Show Must Go On…
Só que José Alberto Carvalho é Director de Informação e não de Programas Recreativos… Ora confundir temas do momento com assuntos que deviam ser de reflexão paga-se no longo prazo desgastando o capital mais valioso que se possui em Informação – a seriedade. Valha a metáfora, os temas para reflexão são para ser tocados como um violoncelo, que sempre foi considerado um instrumento de música de câmara. Torna-se ridículo tentar tocá-lo, como fez Woody Allen, desfilando na banda filarmónica…
Nela, o Director de Informação da RTP reconhece que: (…) recordamos que procuramos ouvir sistematicamente diversos agentes envolvidos no processo - vítimas, advogados de acusação, magistrados judiciais e magistrados do Ministério Público, acrescentando que alguns intervenientes não quiseram, a título pessoal, ou não puderam, a título profissional, intervir no debate. Todavia, ele conclui que, mesmo assim, tal constatação não pode significar que a recusa de alguns leve ao silêncio de outros por si só.
Ou seja, nem por um momento José Alberto Carvalho terá posto a hipótese que a ausência forçada de algumas partes – para ele parece ser uma questão de silêncio v. barulho... – pudesse hipotecar significativamente a apresentação equilibrada do assunto em discussão e, como tal, nem terá pensado em adequar os seus calendários jornalísticos ao aparecimento da informação mais equilibrada – em concreto, depois da análise da sentença que tardava em sair… Se fosse entretenimento dir-se-ia: The Show Must Go On…
Só que José Alberto Carvalho é Director de Informação e não de Programas Recreativos… Ora confundir temas do momento com assuntos que deviam ser de reflexão paga-se no longo prazo desgastando o capital mais valioso que se possui em Informação – a seriedade. Valha a metáfora, os temas para reflexão são para ser tocados como um violoncelo, que sempre foi considerado um instrumento de música de câmara. Torna-se ridículo tentar tocá-lo, como fez Woody Allen, desfilando na banda filarmónica…
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