Aquilo que faz Leonid Brejnev abraçar de forma tão esfusiante o actor Chuck Connors durante a sua visita de Junho de 1973 aos Estados Unidos foi uma série de TV intitulada The Rifleman, uma das raras séries de origem ocidental a ser transmitida na União Soviética e de que o Secretário-Geral do PCUS era um fã entusiasmado. É difícil distinguir qual o aspecto mais engraçado do inesperado instantâneo: se o embevecimento de Brejnev, se o constrangimento do enorme (1,97 m!) Connors. Porém, nem para a máquina de propaganda do Ocidente conviria mostrar ao seu auditório esses gostos tão prosaicos, esse verdadeiro rosto humano do dirigente soviético, nem à máquina de propaganda do Leste conviria mostrar ao seu essa fraqueza do seu dirigente máximo, essa sua predilecção por essas séries televisivas de conteúdo ideológico tão suspeito.
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