04 fevereiro 2010

AFINAL OS COMUNISTAS TAMBÉM APRECIAVAM MULHERES BONITAS

Descobri que, embora o momento seja único, afinal existem duas fotografias a retratá-lo. Ao compararem-se as duas fotografias, a de cima e a de baixo, consegue perceber-se que elas foram tiradas de ângulos ligeiramente diferentes por causa da diferença da localização daquela divisória que aparece por detrás da cabeça da pessoa de óculos que está à direita de Leonid Brejnev, que seria provavelmente o seu intérprete.
Não consegui descobrir qual, das duas, foi tirada pelo fotógrafo que ficou com os créditos da sua autoria: Wally McNamee. A debaixo até inclui o presidente Richard Nixon, na sua qualidade de duplo anfitrião, porque as fotografias foram tiradas junto à piscina da sua casa particular de San Clemente, Califórnia, quando de uma visita de estado de Brejnev aos Estados Unidos em Junho de 1973. Mas é óbvio que o anfitrião é um mero figurante da fotografia…
O centro da fotografia é mesmo o convidado Leonid Brejnev e o olhar, tão libidinoso quanto apreciador, que ele lança a Jill St. John, uma actriz de 33 anos que estava ali presente enquanto namorada e acompanhante do todo-poderoso conselheiro Henry Kissinger (acima). Embora não muito digno, aquele instantâneo contribuiu de alguma forma para a distensão das relações entre os dois blocos, ao humanizar a figura do dirigente soviético.
Embora hoje esteja praticamente esquecida, Jill St. John era naquela época uma sex-symbol de média grandeza (acima), pois aparecera dois anos antes como a Bond Girl principal no filme 007 – Os Diamantes São Eternos (abaixo). E se o título deste poste pode parecer agora uma piada, não fiquem dúvidas que, para muitos americanos da época, intoxicados pela propaganda da Guerra-Fria, aquela conclusão terá sido mesmo literal…

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