
Uma combinação de tudo isso pode actualmente apreciar-se na Marinha de Guerra japonesa que, por razões políticas óbvias se chama, desde o fim da Segunda Guerra Mundial, Força de Auto Defesa Marítima do Japão. Com um efectivo de 46.000 homens, 120 navios e mais de 300 aeronaves (em termos operacionais conta-se, muito provavelmente, entre uma das cinco mais eficazes marinhas de guerra do mundo na actualidade) apetece fazer o comentário, no limiar da ironia, que o Japão está particularmente bem auto defendido.
A ficção da auto defesa militar – a única actividade que lhe foi permitida no pós guerra - tem obrigado os japoneses a tais excessos de dissimulação que chegam a tornar-se engraçados. Sem querer ser fastidiosamente técnico, é fácil compreender como a importância de um navio de guerra depende, entre outras coisas, da sua dimensão (que se designa por capacidade de deslocamento): quanto maior o navio for, aumentam quer a qualidade, quer a quantidade dos equipamentos militares que se podem instalar a bordo, tornando-se, por isso, o navio mais importante do ponto de vista militar.
Normal e simplificadamente, os navios de guerra de superfície são, por isso, classificados de acordo com a sua capacidade de deslocamento. Assim, por exemplo, e numa escala crescente de importância e tamanho, as marinhas possuem, além de outros navios menores, corvetas, fragatas, contratorpedeiros*, cruzadores e, substituindo os enormes couraçados de outrora e reservado apenas às marinhas de guerra mais poderosas, os porta-aviões. A cada uma das categorias mencionadas correspondem valores de orientação sobre as tonelagens de deslocamento.


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